O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta terça-feira que tem o compromisso de pautar a votação da reforma tributária no plenário da Câmara na primeira semana de julho.
Lira participou de um seminário sobre o tema. Na semana passada, o relator da reforma, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), apresentou as diretrizes aprovadas pelo grupo de trabalho parlamentar que discutiu a nova lei.
A reforma tributária, nesta fase, vai alterar o modelo de cobrança de tributos sobre o consumo. É uma das principais apostas do governo neste primeiro mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva para dinamizar a economia.
"O compromisso claro, transparente e inequívoco de pautar, é minha obrigação e meu compromisso, de pautar a reforma tributária no plenário, que é a casa e órgão soberano da Câmara dos Deputados, na primeira semana de julho", afirmou Lira.
"Alcançamos uma grau de maturidade na discussão da reforma tributária na Câmara dos Deputados que nos deixa a todos muito otimistas com relação ao resultado que vai ser colocado na conta e a prova de todos", explicou.
O presidente da Câmara também afirmou que a reforma tributária aprovada será a reforma possível, e não necessariamente a ideal. O tema vem sendo debatido há décadas no país, e, em razão de interesses conflitantes, nunca chegou a sair do papel.
"Vamos trabalhar pela reforma tributária possível. Ninguém tem a ilusão de fazer a ideal, a possível. Vamos fazer a possível", ressaltou Lira.
Alckmin também defende a reforma
O vice-presidente Geraldo Alckmin, que está no exercício da Presidência em razão da viagem do presidente Lula à Europa, discursou no mesmo evento.
Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou que não há "bala de prata" para melhorar a competitividade do Brasil, mas que é preciso cumprir uma série de tarefas, que passam por melhorar a educação, reduzir o custo do crédito e simplificar a questão tributária.
"O debate está maduro e tem que ser agora, não tem que perder o primeiro ano", disse Alckmin.
O vice afirmou que a ideia é ter uma transição que trata da arrecadação dos estados. Segundo ele, a região Nordeste tende a ser beneficiada com a tributação de consumo no destino dos produtos.
"A questão federativa, a ideia não é tirar de um para tirar para outro. Claro que a mudança da origem para o destino é lógica. No mundo inteiro o tributo sobre consumo é onde consome", afirmou o vice-presidente.
g1
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