Representante do Itamaraty e a equipe de transição do governo eleito anunciaram nesta quarta-feira (7) que chefes de Estado de vários países já confirmaram presença na posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no próximo dia 1º de janeiro, em Brasília.
Entre os que confirmaram presença, segundo a equipe responsável pelo evento, estão os chefes de Estado de:
As presenças foram anunciadas pelo o embaixador Fernando Luis Lemos Igreja, que é o responsável do Itamaraty pela cerimônia de posse de Lula. Ele concedeu entrevista ao lado da futura primeira-dama, Janja da Silva, que cuida da organização do evento.
Segundo Igreja, os convites aos chefes de Estado foram feitos na última segunda-feira (5) por meios diplomáticos para todos os países.
Questionado sobre se houve convite ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, o embaixador explicou que a gestão Jair Bolsonaro (PL) suspendeu relações com Maduro. Em razão disso, não foi possível convidá-lo via Itamaraty.
"Os convites foram feitos para quem o Brasil mantém relações diplomáticas. O atual governo suspendeu relações com Nicolás Maduro, então, não foi possível enviar o convite dessa forma. O convite [ao venezuelano] está sendo tratado pela equipe de transição", disse Igreja.
O diplomata acrescentou que já foi feito convite ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Ele afirmou também que o ex-presidente norte-americano Barack Obama ainda não foi oficialmente convidado, mas se personalidades como ele optarem por comparecer isso será cuidado pela equipe.
Janja acrescentou que Lula tem "relacionamento" com ex-chefes de estado e ex-presidentes. "Eles estão entrando em contato com a gente, se manifestando, e deveremos ter a confirmação nessa semana", afirmou.
Festa da posse
Além da cerimônia oficial, estão sendo preparados shows de diversos artistas na festa da posse de Lula. Segundo Janja, mais de 20 atrações já estão confirmadas no evento, que será dividido em dois palcos e se chamará Festival do Futuro.
A petista declarou que uma "grande" estrutura está sendo planejada para o dia da posse e que cerca de 300 mil pessoas são aguardadas pela equipe do governo eleito.
"A ideia é começar [o Festival do Futuro] assim que terminar a posse no Palácio do Planalto, nos dois palcos na Esplanada dos Ministérios. Temos conversado com o Governo do Distrito Federal para nos apoiar em estruturas de segurança. Quero agradecer ao governador, Ibaneis Rocha (MDB), pelo apoio que tem nos dado, na pessoa do secretario da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha. É uma estrutura grande, estamos com a expectativa de um publico de 300 mil pessoas para essa grande festa", afirmou Janja.
Durante a entrevista, Janja foi questionada sobre a segurança da festa da posse. Ela afirmou que essa é a principal preocupação do governo eleito, que o povo, considerado o "protagonista do evento", possa aproveitar com tranquilidade.
A futura primeira-dama afirmou também que todas as forças de segurança estão envolvidas na segurança da posse: a Polícia Militar do Distrito Federal, a Polícia Federal e demais órgãos que atuam na segurança pública.
“Estamos trabalhando em conjunto para que tudo transcorra da maneira mais tranquila possível, não estamos prevendo nenhum problema”, acrescentou.
Janja da Silva confirmou ainda que, até o momento, está previsto que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, faça o trajeto na Esplanada dos Ministérios em carro aberto.
“Hoje posso dizer que estará no carro aberto. Se o Rolls Royce [presidencial] estiver em condições, pois ouvi falar que talvez tenha sido danificado na última posse. Danificado o banco. Vamos ver isso”, afirmou.
Faixa presidencial
Durante entrevista, Janja foi questionada sobre a possibilidade de o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) passar a faixa presidencial a Lula na cerimônia no Palácio do Planalto.
A petista explicou que a transmissão de faixa é uma etapa prevista no rito oficial, mas disse que ainda está indefinido se Bolsonaro participará do evento.
"A cerimônia institucional tem um protocolo, que diz que o presidente que está deixando [o governo] passaria a faixa. Se isso acontecer, seguiremos o protocolo. Se não, vamos pensar. Não tem a confirmação. Vão ter que perguntar ao presidente que está em exercício se ele irá passar a faixa, e se seguiremos o protocolo", disse a esposa de Lula.
g1
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