O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou nesta terça-feira (6) que, se eleito, irá revogar os decretos assinados pelo presidente Jair Bolsonaro e que facilitaram a comprar e a posse de armas e de munições no país.
A declaração de Ciro, durante entrevista ao portal “A Crítica”, ocorre um dia depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin suspender o efeito desses decretos alegando o risco de violência política durante as eleições.
“Eu vou revogar, vou rever todo esse estatuto”, disse Ciro ao ser questionado se manteria ou não os decretos de Bolsonaro sobre armas. O pedetista disse, porém, que vai assegurar o acesso a armamento para pessoas que vivem em locais isolados.
“O cidadão que está distante do atendimento da polícia na sua casa tem direito de portar uma arma, isso não tem nenhum problema. Ela será recenseada, a munição será acompanhada, vigiada, porque o Bolsonaro destruiu tudo isso, isso só facilitou o crime”, completou ele.
Ciro criticou a política do governo Jair Bolsonaro sobre armas e disse que ela facilitou o acesso de criminosos a armamentos.
“Hoje, por exemplo, as milícias que estão tomando conta do Rio de Janeiro têm acesso a armas a partir da facilitação de comprar arma como se fosse um clube de tiro. O Brasil fundou mais clube de tiro do que universidade ao longo desses últimos anos”, disse o pedetista.
No fim de agosto, o g1 mostrou que o número de armas registradas nas mãos de caçadores, atiradores e colecionadores, os chamados CACs, quase triplicou num período de três anos e atingiu a marca de 1 milhão.
Os dados do Exército foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação pelos institutos Igarapé e Sou da Paz.
De acordo com o levantamento, desde dezembro de 2018 o acervo desta categoria teve um aumento da ordem de 287% em todo o país. O número de armas passou de 350,6 mil e chegou a 1.006.725 em julho deste ano.
g1
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