Outubro 01, 2024

Justiça Eleitoral combate contrários aos 'ideais constitucionais e republicanos', diz Moraes

O vice-presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, afirmou nesta quinta-feira (19) que a Justiça Eleitoral tem "vontade de democracia" e coragem para combater "aqueles que são contrários aos ideais constitucionais e republicanos". "A vontade de democracia e a coragem de combater aqueles que são contrários aos ideais constitucionais, contrários aos ideais republicanos, permanecem na Justiça Eleitoral, que foi se aperfeiçoando ano a ano", disse Moraes.

A declaração foi concedida durante sessão plenária comemorativa dos 90 anos da Justiça Eleitoral. Os cidadãos vão votar para os mais diversos cargos, entre eles o de presidente da República, nas eleições de outubro. O magistrado prevê que mais de 160 milhões de pessoas votarão no pleito deste ano.

Durante pronunciamento, o ministro falou sobre a instalação da Justiça Eleitoral. "Nasceu com muita vontade, nasceu com muita coragem de lutar pela democracia e com muita coragem de lutar contra um sistema que, à época, tentava capturar a vontade soberana do povo, desvirtuando os votos que eram colocados nas urnas", relatou.

"Vontade de concretizar a democracia e coragem para lutar contra aqueles que não acreditam no Estado democrático de Direito. Essa mesma vontade democrática e essa coragem republicana temos hoje na Justiça Eleitoral brasileira – o Tribunal Superior Eleitoral, os 27 Tribunais Regionais Eleitorais e todos os juízes eleitorais e em todas as juntas eleitorais", completou.

Moraes, que assumirá a presidência do TSE em agosto, parabenizou a gestão do atual presidente, ministro Edson Fachin. "É um trabalho de afirmação dos valores democráticos, dos valores republicanos, da conquista do Estado democrático de Direito."

As afirmações de Moraes ocorrem em meio às investidas de Jair Bolsonaro contra o sistema eleitoral brasileiro. Durante agenda em São Paulo na segunda-feira (16), o presidente provocou o TSE e o Supremo Tribunal Federal ao comentar o julgamento sobre o marco temporal e disse que nunca será preso.

Na terça (17), Bolsonaro voltou a defender a posse e o porte de armas de fogo pelo "cidadão de bem". "Entendemos que a arma de fogo, além de segurança pessoal para as famílias, também é segurança para nossa soberania nacional. E a garantia de que a nossa democracia será preservada. Não interessam os meios que porventura um dia tenhamos que usar. A nossa democracia e a nossa liberdade são inegociáveis", afirmou.

R7
Portal Santo André em Foco

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