Novembro 27, 2024

Em congresso de lideranças sindicais, Lula defende mudanças na legislação trabalhista

O pré-candidato a presidente pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu nesta quinta-feira (12) uma adaptação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) para ao atual mercado de trabalho.

Ele fez a afirmação a lideranças sindicais reunidas em São Paulo no SindiMais 2022, um congresso anual organizado pela Força Sindical a fim de discutir relações de trabalho entre empresários e trabalhadores.

“Eu, por exemplo, não sou daqueles que defendem uma CLT tal como ela está. Acho que ela precisa adaptar, fazer algumas mudanças para que a gente pudesse adaptar ao atual mercado de trabalho”, disse o ex-presidente, acrescentando que é preciso também fortalecer a atuação dos sindicatos.

Esta não é a primeira vez que Lula fala sobre reformular leis trabalhistas. Em outro evento com sindicalistas, em abril, o pré-candidato disse que pretendia revisar a reforma trabalhista, criada durante o governo Michel Temer (MDB). A revogação da reforma trabalhista é uma das pontos do programa da federação partidária ‘Brasil da Esperança’, formada por PT, PV e PCdoB.

Naquele evento, Lula disse que quer criar uma mesa de negociação entre representantes de sindicatos e empresários para discutir mudanças na legislação trabalhista brasileira.

“Não adianta falar: 'Vamos mudar tudo e voltar ao que era antes'. Não. Nós queremos melhorar, ter uma legislação trabalhista à realidade atual. Não queremos voltar para 1943, queremos fazer um acordo em função da realidade dos trabalhadores em 2023”, declarou na ocasião.

Nesta quinta, Lula atacou os responsáveis pela formulação da reforma trabalhista.

“A mentalidade de quem fez a reforma trabalhista, a reforma sindical, é a mentalidade escravocrata. É a mentalidade de quem acha que os sindicatos não têm que ter força, representatividade. Em um mundo desenvolvido, em que você tem economia forte, você tem sindicato forte. Em qualquer país do mundo, se você tiver economia forte, você tem sindicato forte”, afirmou.

O ex-presidente ainda defendeu que o Estado atue como “árbitro” nas negociações sindicais a fim de que as “partes possam negociar aquilo que interessa ao conjunto, tanto dos empresários quanto dos empregados”.

g1
Portal Santo André em Foco

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