Cotado para a vaga de vice na chapa com o presidente Jair Bolsonaro nas eleições para a Presidência deste ano, o ministro da Defesa, Braga Netto, não compareceu ao evento de filiação de políticos ao PL, realizado neste domingo (27), em Brasília. O objetivo do encontro é aumentar a base de apoio do atual comandante do Palácio do Planalto.
Na última semana, o presidente destacou que o posto seria preenchido por um homem nascido em Belo Horizonte e que passou por colégio militar, características que são preenchidas por Braga Netto, nascido na capital de Minas Gerais e general do Exército.
Bolsonaro evitou mencionar o nome do ministro da Defesa, mas deu a entender que já definiu a escolha. "O que posso adiantar, hoje em dia, é que o vice é de Minas Gerais, mas não quero adiantar o nome dele. Vou dar mais uma dica: é nascido em Belo Horizonte. Mais uma dica: fez colégio militar", comentou Bolsonaro.
No evento deste domingo, Braga Netto não compareceu. Participaram da cerimônia os ministros Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), João Roma (Cidadania), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
A equipe de campanha de Bolsonaro havia divulgado o evento como lançamento da pré-candidatura. No entanto, a equipe jurídica acendeu o alerta ante as regras eleitorais e promoveu uma mudança. Agora, o ato é chamado de "Movimento Filia Brasil, é com ele que eu vou".
Foram filiados, no evento, os ministros Roma e Pontes, além do senador Eduardo Gomes. Apesar de as regras eleitorais não permitirem propaganda eleitoral, Bolsonaro adotou tom de pré-campanha, atacou o Partido dos Trabalhadores e defendeu liberdade "contra quem quer que seja".
"Se [for] para defender a nossa liberdade, se [for] para defender a nossa democracia, eu tomarei a decisão contra quem quer que seja. E a certeza do sucesso é que eu tenho um exército ao meu lado. E esse exército é composto de cada um de vocês [apoiadores]. Podemos até perder algumas batalhas, mas não perderemos a guerra por falta de lutar. Vocês sabem do que estou falando", declarou. O presidente, no entanto, não explicou que decisão tomaria.
Segundo o presidente, "o nosso inimigo não é externo, é interno". "Não é uma luta da esquerda contra a direita. É uma luta do bem contra o mal. E nós vamos vencer essa luta, porque estarei sempre na frente de vocês."
R7
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