O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu ao blog na terça-feira (15) que o governo subsidie "algumas categorias" que dependem de combustíveis, após o reajuste feito pela Petrobras na semana passada.

Lira voltou a criticar a estatal – chamando de "grosseria" o reajuste – e disse que as camadas mais vulneráveis da sociedade não podem ficar sem ajuda "em meio a uma guerra".

"Sigo defendendo a tese de subsídio para algumas categorias, não generalizado, mas para ajudar quem depende dos transportes, caminhoneiros, ‘ubers’, taxistas, quem precisa do combustível para sobreviver e sustentar suas famílias".

Lira disse ao blog, no entanto, que não vê no momento movimento de nenhum texto "nascendo no Congresso" para propor essa medida. Logo, a ideia teria que sair do Ministério da Economia.

Como o blog mostrou, Paulo Guedes tem sido pressionado a apresentar um projeto de subsídio agora, para atender a setores que dependem dos combustíveis. Guedes, no entanto, quer aguardar os desdobramentos da guerra Rússia-Ucrânia antes de tomar uma decisão.

A interlocutores, ele repete que, caso a guerra se prolongue, ele sabe que o governo deve decretar um novo estado de calamidade pública e admite um subsídio para o diesel e gasolina, para algumas categorias. Na prática, o estado de calamidade permite ao governo gastar mais pois suspende todas as regras fiscais.

Mas Guedes prefere aguardar os próximos passos do mercado internacional, enquanto o Palácio do Planalto cobra uma medida agora, temendo efeitos eleitorais para o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em outra frente, Bolsonaro pressiona a Petrobras a reduzir os preços dos combustíveis e a ala política do governo mantém a pressão para que Silva e Luna peça demissão da presidência da estatal.

Ao blog, ontem, Silva e Luna rechaçou pedir demissão. Disse que o cargo é do presidente da República, mas que ele não "abandona a batalha nem a tropa".

g1
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