Uma eventual filiação do pré-candidato à Presidência Sérgio Moro (Podemos) ao União Brasil está descartada até o momento, tanto por dirigentes do novo partido, fruto da união do DEM com o PSL, quanto por interlocutores do ex-ministro da Justiça.
Este cenário só pode mudar se Moro tiver um crescimento robusto nas pesquisas até o fim da janela partidária, o que parece hoje pouco provável.
Partido ainda pequeno, o Podemos tem dificuldade de financiar a candidatura do Moro, ao mesmo tempo em que precisa ter recursos para as candidaturas a deputados federais, senadores e governadores. Aumentar a bancada na Câmara, hoje com 11 deputados, é fundamental à sobrevivência da legenda.
Ao lançar Moro, o partido esperava atrair quadros e apoio em uma "onda Moro", o que reduziria os desafios financeiros. Mas o desempenho estático do pré-candidato nas pesquisas freou esse movimento. Com isso, uma solução para a candidatura seria a filiação ao União Brasil, partido que terá o maior volume de recursos do fundo eleitoral em 2022, quase R$ 800 milhões.
Apenas uma ala do União Brasil, no entanto, tinha interesse em ter Moro como pré-candidato. Para grande parte da legenda, a neutralidade é a melhor solução. "O União perderia quadros com o Moro porque os palanques regionais são diversos", disse um líder do novo partido.
O objetivo do União Brasil é fazer a maior bancada da Câmara para 2023, com número entre 60 e 80 deputados, aumentar a bancada do Senado e eleger até dez governadores.
R7
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