O presidente Jair Bolsonaro, durante visita a Rondônia nesta quinta-feira (3), disse prever a troca de 11 dos 23 ministros que devem deixar o governo para disputar as eleições em outubro.
"Temos previstos, no momento, 11 ministros que vão disputar eleição. Obviamente que vamos ter ministérios-tampão", afirmou Bolsonaro.
Segundo ele, a dança das cadeiras será no fim de março. "Dia 31 de março, um grande dia, é um pacotão: 11 saem, 11 entram. Da minha parte, vocês só vão saber via 'Diário Oficial da União'", disse.
Questionado se poderia ter algum nome de Rondônia, respondeu: "Eu tenho um profundo apreço pelo [senador Marcos] Rogério. A gente pode conversar, mas nada decidido ainda com ninguém, porque, afinal de contas, para evitar ciumeira".
Sobre o comentário "Perdemos o Peru", que fez em junho do ano passado, quando Pedro Castillo liderava a contagem de votos nas eleições, Bolsonaro afirmou que está "tudo superado".
"O que acontece: nós queremos uma América do Sul livre, liberdade de expressão, liberdade de imprensa para todos aqui. Logicamente que esse encontro aqui tem a ver com isso, nós podemos só ter boa relação se a democracia imperar de fato no seu país. Tudo superado", disse.
Questionado sobre a suposta pressão da diplomacia americana para que desistisse de uma viagem à Rússia prevista para este mês, em função do aumento de tensões por conta de tropas russas próximas à Ucrânia, Bolsonaro respondeu:
"Brasil é Brasil. Rússia é Rússia. Faço um relacionamento com o mundo todo. Assim como se o Joe Biden me convidar, estarei nos Estados Unidos com o maior prazer", respondeu.
A pressão americana, reportada pelo jornal "Folha de S.Paulo", parece ser parte de uma iniciativa global dos Estados Unidos para isolar a Rússia em meio a preocupações com um possível conflito na Ucrânia.
Encontro presidencial
Bolsonaro visitou Rondônia para se reunir com o presidente do Peru, Pedro Castillo, que por volta de 11h20 chegou ao local da reunião, o Palácio Rio Madeira — sede do governo de Rondônia.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, Bolsonaro e Castilho vão tratar sobre comércio e acesso a mercados, integração física, cooperação fronteiriça, cooperação em defesa e segurança, cooperação técnica e humanitária e combate à pandemia de Covid.
Desembarque
Bolsonaro desembarcou por volta de 10h no aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira, em Porto Velho, e cerca de 40 minutos depois se encontrou com apoiadores que estavam na área externa do aeroporto.
Na sequência, Bolsonaro subiu na carroceria de uma caminhonete e seguiu para o gabinete do Palácio Rio Madeira, onde mais tarde vai se reunir com o presidente do Peru.
Vários motociclistas, previamente cadastrados, fizeram uma 'motociata' para acompanhar o presidente pelas principais avenidas de Porto Velho.
Esta é a primeira vez que o palácio do governo de Rondônia será usado para um encontro da presidência da República. O governador Marcos Rocha (PSL) também deve acompanhar o encontro presidencial.
g1
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