O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se filiou nesta quarta-feira (27) ao PSD, partido do ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab.
Até então, Pacheco era filiado ao DEM, legenda que decidiu se fundir com o PSL, partido pelo qual o presidente Jair Bolsonaro foi eleito em 2018.
O presidente do Senado foi eleito deputado federal em 2014 pelo MDB. Em 2018, quando se elegeu senador, migrou para o DEM.
Agora, com a filiação de Pacheco ao PSD, o partido passa a contar com os três senadores da bancada de Minas Gerais (Antonio Anastasia, Carlos Viana e Pacheco) e, no total, passa a ter 12 senadores, a segunda maior bancada da Casa.
A cerimônia de filiação aconteceu no Memorial Juscelino Kubitschek, em Brasília. A escolha do local, segundo o partido, é uma referência ao ex-presidente Juscelino Kubistchek (1956-1961).
Participaram do ato de filiação, entre outros, os governadores do Paraná, Ratinho Júnior; de Sergipe, Belivaldo Chagas; os prefeitos de Belo Horizonte (MG), Alexandre Kalil; e de Campo Grande (MS), Marquinhos Trad (MS); além de parlamentares do partido e de outras legendas, como os senadores Davi Alcolumbre (DEM) e Daniella Ribeiro (PP-PB).
Discurso
Em seu discurso, que encerrou o evento, Pacheco disse que a "economia não deslancha" e citou o impacto da inflação na população.
"Não podemos tolerar um país com base agrícola e pecuária, ter um cidadãos passando fome e buscando comida no lixo", afirmou.
Pacheco afirmou que país passa por um momento grave e precisa de decisões a favor dos brasileiros.
"Hoje, estamos todos cansados e descrentes. Estamos cansados de viver em meio a tanta incerteza, a tanta incompreensão e intolerância. Uma sociedade dividida, em que cada um não admite o contrário e não aceita a existência do outro, nunca irá chegar a lugar algum", disse Pacheco.
Questionado sobre candidatura à presidência da República, Pacheco disse que o propósito e o desejo do partido de ter candidato próprio ao Palácio do Planalto em 2022 é legítimo, mas “tudo tem o seu tempo”.
Segundo Pacheco, suas atribuições enquanto presidente do Congresso o impedem de antecipar discussões de ordem político-eleitoral.
“Nós devemos reservar para 2022 a definição em relação à posição do partido e não depende de mim, depende da posição do presidente Kassab, da Executiva Nacional e das bancadas federais e estaduais do partido”, afirmou.
Pacheco disse que pretende manter sua postura de “pacificação e moderação”, com bom diálogo com o governo federal. O presidente do Senado destacou que é preciso ter maturidade política para separar as coisas.
"Questões político-partidárias de 2022 não podem interferir nas boas relações que precisamos ter nesse momento”, disse Pacheco.
g1
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