Novembro 26, 2024

Governo Bolsonaro é reprovado por 48,2% e aprovado por 27,7%

O governo do presidente Jair Bolsonaro é considerado "ruim ou péssimo" por 48,2% dos brasileiros, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (5) pela CNT (Confederação Nacional do Transporte).

O resultado corresponde a um crescimento de 12,7 pontos percentuais na reprovação da gestão do presidente em relação ao levantamento anterior, divulgado em fevereiro, quando 35,5% desaprovavam o governo.

O estudo aponta ainda para uma queda, de 32,9% para 27,7%, no percentual da população que julga o governo como "bom ou ótimo". Há ainda 22,2% que valiam a gestão como "regular". Outros 1,4% não souberam ou não quiseram responder.

A pesquisa CNT foi realizada em parceria com o Instituto MDA entre os dias XX e XX de junho de 2021, com 2.002 entrevistas presenciais, em 137 municípios de 25 Unidades da Federação. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Desempenho pessoal
A pesquisa também questionou os entrevistados sobre o desempenho pessoal do presidente Jair Bolsonaro. Entre as respostas, 62,5% disseram reprovar o presidente e outros 33,8% afirmaram aprovar. 3,7% não souberam ou não quiseram responder ao questionamento.

A queda da popularidade de Bolsonaro ocorre em meio a suspeitas de irregularidades em contratos de compra de vacinas pelo Ministério da Saúde, investigadas pela CPI da Covid, e pelo superpedido de impeachment protocolado na semana passada por partidos de oposição.

Bolsonaro também já foi alvo central de três protestos nacionais realizadas nos últimos dois meses. Nos atos, os manifestantes pedem o impeachment do presidente, um auxílio emergencial maior e a aceleração do programa de vacinação contra a covid-19.

Eleições 2022
O levantamento ainda coletou a preferência dos eleitores para as eleições presidenciais de 2022. Na pesquisa estimulada (quando os entrevistados são apresentados aos eventuais candidatos), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi citado por 41,3% dos ouvidos, contra 26,6% das citações por Bolsonaro (sem partido).

Ciro Gomes (PDT) e Sérgio Moro (sem partido) aparecem empatados com 5,9% das intenções de voto e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), tem 2,1% das menções. Ambos os três estão empatados dentro da margem de erro do estudo. Há ainda 8,6% dos eleitores que declararam o voto em branco ou nulo e 7,8% que se declararam indecisos.

De acordo com o estudo, 40,3% entrevistados preferem que Lula ganhe as eleições e volte a ser presidente, enquanto 25,1% desejam que Bolsonaro continue no cargo até 2026. Outros 30,1% defendem que algum candidato que não seja ligado a Jair Bolsonaro, nem a Lula ganhe as eleições para presidente.

Já na coleta espontânea (sem as indicações dos candidatos), Lula soma 27,8% da preferência popular, enquanto Bolsonaro teve 21,6% das citações. O número de indecisos no modelo ficou em 38,9%. Ciro (1,7%), Moro (0,7%) e Doria (0,7%) foram lembrados em menores proporções.

2º turno
A pesquisa encomendada pela CNT traz ainda possíveis cenários para o segundo turno do pleito. Se Lula e Bolsonaro concorressem ao cargo hoje, 52,6% dizem que votariam em Lula e 33,3% defendem o voto no atual presidente. Para este cenário, 11,5% votariam branco ou nulo.

Na disputa entre Ciro Gomes e Bolsonaro, o pedetista receberia 43,2% da preferência, contra 33,7 de Bolsonaro. Haveria ainda 18,8% dos votos brancos ou anulados.

No cenário contra o governador de São Paulo, Bolsonaro aparece tecnicamente empatado com Doria, com 36,3% das intenções de voto, contra 33,5% do tucano, e 27,5 dos votos brancos ou nulos.

Voto impresso
Bandeira levantada pelo presidente Jair Bolsonaro e em debate no Congresso Nacional, o voto impresso é apoiado por 58% dos eleitores brasileiros, segundo o levantamento da CNT. Para os que aprovam a adoção do sistema, as mudanças trariam mais confiança aos resultados. Outros 34,9% disseram ser contra as urnas com impressão do voto, pois o sistema atual já funciona bem.

Sobre o grau de confiança nas atuais urnas eletrônicas utilizadas nas eleições no Brasil, um terço dos entrevistados (32,9%) afirmaram ter confiança elevada no sistema. A confiança moderada foi citada por 30,8%, a confiança baixa por 15,8% e 18,7% disseram não ter confiança alguma.

Para 55,4% dos entrevistados, os candidatos à Presidência derrotados não aceitarão o resultado final, caso as eleições ocorram por meio de urna eletrônica sem o voto impresso. Já para 30,5%, os candidatos à Presidência derrotados aceitarão o resultado final. Os demais 14,1% não sabem ou não responderam.

R7
Portal Santo André em Foco

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Last modified on Segunda, 05 Julho 2021 16:57

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