Outubro 01, 2024

Pacheco repete críticas à política externa para Bolsonaro, que elogia Ernesto Araújo

Em visita nesta sexta-feira (26) ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o presidente Jair Bolsonaro ouviu o aliado repetir as mesmas críticas que já haviam sido feitas, no dia anterior, à política externa do governo.

Bolsonaro escutou atentamente e fez, em seguida, elogios ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo – cuja demissão vem sendo cobrada por aliados do governo e empresários.

O presidente da República ligou para Pacheco na manhã desta sexta e disse que gostaria de fazer uma visita à residência oficial do Senado. O senador informou que estava em reunião com governadores por videoconferência e que, em seguida, esperava a visita de Bolsonaro.

No encontro, Pacheco reafirmou a Bolsonaro as críticas feitas publicamente no dia anterior. O presidente do Senado disse que, independentemente do ministro das Relações Exteriores, a política externa do governo precisa mudar.

Pacheco ressaltou a importância de que o país tenha um canal de diálogo mais aberto e direto com parceiros comerciais, principalmente neste momento de combate ao coronavírus.

Logo após a fala do presidente do Senado na reunião desta sexta, Bolsonaro fez elogios a Ernesto Araújo. Disse que o chanceler é uma "boa pessoa", "bem intencionado" e "leal ao governo". Mas não deu nenhum sinal sobre a manutenção ou a demissão do ministro.

Após o encontro com Bolsonaro, Rodrigo Pacheco confirmou em entrevista à imprensa que repetiu ao presidente as críticas à política externa brasileira, mas voltou a dizer que não cabe a ele falar sobre a permanência ou não de Ernesto Araújo.

O senador afirmou, mais uma vez, que "quem admite é quem decide se demite ou não" e que, com ou sem Ernesto Araújo, o importante é mudar a política externa.

Na avaliação de aliados de Bolsonaro, Ernesto Araújo não tem mais canal de negociação direta com os governos da China e Índia e enfrenta dificuldades com o governo dos Estados Unidos. E isso, num momento em que o Brasil precisa negociar vacinas e compra de insumos com esses parceiros, o que prejudica a população brasileira.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou a fazer cobranças diretas ao chanceler durante a reunião dos chefes de Poderes no Palácio da Alvorada.

Lira citou nominalmente Araújo ao afirmar que o "Itamaraty precisa funcionar". Depois, repetiu as críticas durante pronunciamento no plenário da Câmara dos Deputados.

Aumenta a pressão pela demissão do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo

G1
Portal Santo André em Foco

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Last modified on Sexta, 26 Março 2021 15:59

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