O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), disse ao blog nesta quinta-feira (25) que o discurso do presidente da Câmara, Arthur Lira, foi um recado “claro e certo”, e defendeu que o governo repense as diretrizes no combate à pandemia.
Na avaliação de Barros, assim como pensam ministros do governo Bolsonaro, Lira só vê solução para antecipar vacina no Brasil por meio da ajuda dos EUA, China e Índia — e o ministro Ernesto Araújo perdeu a capacidade de dialogar com esses países.
“As pessoas estão apavoradas com o número de mortes e falta de oxigênio . Lira só vê saída na antecipação das vacinas por meio da ajuda internacional. Mas quem vai nos ajudar? Ernesto Araújo não tem ambiente para resolver o problema."
No Planalto, a avaliação é a mesma: o governo precisa retirar do Itamaraty um perfil ideológico e indicar alguém com capacidade diplomática para fazer a ponte com outros países.
A pressão não é só do Congresso, mas de empresários e de integrantes do Supremo Tribunal Federal.
Gesto do assessor
Em sessão de debates nesta quarta-feira (24), senadores pediram ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para deixar o Itamaraty. Araújo foi ao Senado para prestar informações sobre a atuação do ministério nos esforços para obtenção de vacinas contra a Covid.
Durante a sessão, o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Filipe Martins, juntou os dedos indicador e polegar da mão direita de forma arredondada e passou sobre o paletó do terno que trajava. O gesto está em lista de símbolos de ódio nos EUA. Em uma rede social, ele disse que estava somente ajeitando a lapela do terno. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, mandou a polícia legislativa apurar o caso.
G1
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