O MDB no Senado não deve abrir mão de voltar à presidência da Casa, mesmo com o anúncio nesta quarta-feira (23) do presidente da legenda, Baleia Rossi (SP), como candidato ao comando da Câmara. Rossi foi escolhido pelo grupo do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Os senadores do MDB já buscam, inclusive, aumentar o número de parlamentares da bancada – dos atuais 13 para cerca de 15 ou 16 – para se posicionarem como o principal partido do Senado e garantir, pelo argumento da proporcionalidade, a presidência da Casa.
Os senadores chegaram a tentar evitar que Baleia Rossi fosse lançado candidato na Câmara, dentro do entendimento de que a vitória em uma das Casas do Legislativo poderia dificultar a eleição de alguém do mesmo partido do outro lado.
Normalmente, há certo entendimento para que os dois lados do Congresso Nacional não sejam comandadas pelo mesmo partido.
Atualmente, o DEM comanda Câmara dos Deputados e Senado, mas isso só ocorreu por causa de um racha no MDB na última eleição, que levou à vitória de Davi Alcolumbre (DEM-AP) contra Renan Calheiros (MDB-AL).
Agora, por sinal, o DEM tem se articulado para garantir a eleição de um nome do partido para continuar no comando do Senado. Como argumento, dizem que o DEM decidiu apoiar um emedebista na Câmara e, como contrapartida, caberia ao MDB apoiar um democrata no Senado.
O MDB, porém, já sinalizou que não abre mão de tentar reconquistar o Senado. Há no partido, inclusive, a avaliação de que seria possível vencer nas duas Casas.
Atualmente, os pré-candidatos do MDB no Senado são Eduardo Braga (AM), Eduardo Gomes (TO), Fernando Bezerra (PE) e Simone Tebet (MS).
A principal missão, então, será garantir uma unidade dentro da bancada com tantos pré-candidatos. Foi exatamente o racha na última eleição que levou à derrota do emedebista Renan Calheiros. Repetir o racha levaria a uma nova derrota.
G1
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