O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o governo perdeu a vontade e as condições de manter a política fiscal prometida antes das eleições. Ele disse também que o Executivo não tem clareza sobre o debate do gasto público por não querer incluir os chamados gatilhos nas propostas que visam conter o aumento das despesas.
Na semana passada, Maia já havia criticado o governo pela desistência da chamada PEC Emergencial, que envolve medidas permanentes e emergenciais de controle do crescimento das despesas obrigatórias e de reequilíbrio fiscal. Rodrigo Maia afirmou que, antes da eleição, a equipe econômica prometia déficit zero e que a previsão de déficit de R$ 247 bilhões no Orçamento do próximo ano representa uma diferença grande.
“A situação fiscal do governo não é fácil, eu me ofereci para ajudar a incluir os gatilhos e, mais uma vez, o líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), pediu para não incluir. O governo desistiu desse enfrentamento”, criticou.
Eleição na Câmara
Maia também afirmou que seu grupo político não tem pressa em lançar um nome para sua sucessão. Segundo ele, o ideal é seja uma candidatura construída de forma coletiva e que represente a Câmara livre da interferência de outros Poderes e “livre de uma agenda retrógrada”, com as chamadas "pautas de costumes".
“Uma agenda que não vai levar o Brasil a lugar nenhum, uma tentativa de agenda do meio ambiente do governo no Congresso vai gerar desemprego, a destruição de um patrimônio. Tenho certeza de que estamos com algum atraso [na escolha do nome], mas estamos ouvindo muita gente para construir um nome que represente um amplo campo e a certeza que o governo federal não pode transformar a Câmara em um puxadinho”, disse o presidente.
Agência Câmara
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