Outubro 01, 2024

Polícia Civil faz reconstituição de morte de policial após tiro de outro PM, em Campina Grande

A Polícia Civil realizou, na manhã desta sexta-feira (29), a reconstituição do caso do policial militar morto por um tiro que disparou de uma arma que estava com outro PM, durante uma ação da polícia, em Campina Grande. De acordo com a delegada de Homicídios Nercília Dantas, que investiga o caso, a reconstituição faz parte das investigações para entender se houve negligência no local ou se o caso teria sido um acidente de trabalho.

O policial militar foi morto com um tiro na cabeça durante uma ação da polícia no dia 9 de setembro deste ano, no bairro do Monte Santo, em Campina Grande. Na época, de acordo com a Polícia Militar, o tiro teria sido disparado acidentalmente por outro PM. O cabo Emerson Thiago Soares de Lima, de 34 anos, foi atingido na cabeça. Ele ainda foi levado para o Hospital de Trauma de Campina Grande, mas não resistiu ao ferimento e morreu na unidade de saúde.

Conforme a delegada, a reconstituição durou cerca de duas horas e meia. “Essa reconstituição é justamente pra entender se o disparo que matou o PM foi consequência de uma negligência ou se trata-se realmente um caso de acidente de trabalho”, explicou Nercília Dantas.

Participaram da reconstituição policiais civil da Delegacia de Homicídios, peritos e todos os policiais militares que estavam no dia em que o PM foi morto com um tiro na cabeça. Ainda de acordo com Nercília Dantas, a polícia trabalha com duas possibilidade de conclusão do caso.

“A investigação aponta para duas possibilidades. A de ter sido um acidente de trabalho ou, se realmente houve negligência, há a possibilidade de um homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A gente aguarda que essa reconstituição traga alguns detalhes técnicos para poder entender de fato o que aconteceu", salientou.

Arma que matou PM passou por perícia
A delegada Nercília Dantas informou que a arma que disparou contra o PM já passou pela perícia. O resultado indicou que a submetralhadora .40 não apresenta nenhum problema ou defeito. No dia em que o PM foi morto com um tiro na cabeça, a arma estava nas costas de um outro PM.

As primeiras investigações apontavam que a arma poderia ter disparado sozinha enquanto os policiais tentavam conter um homem suspeito de desordem no bairro Monte Santo. No momento da ação dos policiais, a arma estava com munição engatilhada.

Na época, a delegada disse que, durante a ação no bairro Monte Santo, em nenhum momento os policiais precisaram utilizar as armas. “Em nenhum momento os policiais utilizaram armas para conter o homem que estava sendo imobilizado. A ação foi feita sem uso de força letal, apenas força física, quando os policiais tentavam conter o rapaz.

PM morto chegou ao local para ajudar colegas
Ainda de acordo com a delegada, o cabo Emerson Thiago não estava na primeira equipe da PM que foi acionada ao bairro Monte Santo. “Tanto o policial que morreu, quanto o que estava com a arma que disparou, estavam em um segunda guarnição que chegou ao local para ajudar os outros PMs a conter um homem que estava causando medo aos moradores”, salientou.

Conforme Nercília Dantas, três policiais militares chegaram no bairro para conter suspeitos de estarem drogados e causando desordem na região. Ao chegar no local, um dos suspeitos teria reagido a prisão e desacatado os policiais.

Ainda segundo a delegada, no momento em que o cabo Emerson Thiago foi atingido com um tiro na cabeça, ele estava deitado no chão ajudando os outros PMs a conterem o homem que estava causando desordem, enquanto isso o outro policial estava em pé com a arma nas costas, que acabou disparando.

Vídeo feito por moradores registrou PM pedindo socorro
Um vídeo feito por moradores do bairro Monte Santo registrou o momento em que o policial militar pediu por socorro após atirar no colega. O vídeo teria sido gravado após o cabo Emerson Thiago ser atingido com um tiro na cabeça.

As imagens mostram o PM baleado, já caído no chão, enquanto o policial que teria disparado acidentalmente continua em cima do suspeito de desordem no bairro. O PM grita por socorro, enquanto os outros policiais que estavam na ocorrência aparecem ao lado, um deles ao telefone.

G1 PB
Portal Santo André em Foco

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