A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, a chilena Michelle Bachelet, se declarou horrorizada com a violência na região noroeste da Síria e pediu a criação de corredores humanitários, anunciou a instituição nesta terça-feira (18).
Bachelet pediu ao governo sírio e a seus aliados que autorizem uma via de escape para "facilitar a passagem de civis em total segurança".
Desde dezembro, o exército do governo de Bashar al-Assad faz uma ofensiva para recuperar o controle do último grande reduto dos jihadistas e rebeldes, a região de Aleppo, no noroeste do país. A ONU denunciou, na segunda-feira (17), que essa campanha militar provocou a fuga de 900 mil pessoas, em sua maioria mulheres e crianças.
"Nenhum refúgio é seguro. E como a ofensiva do governo continua e as pessoas são forçadas a permanecer em zonas cada vez menores, temo que outras pessoas sejam assassinadas", disse Bachelet.
"Como é possível alguém justificar tais ataques indiscriminados e desumanos?", questionou Bachelet.
Procurado pela AFP, o porta-voz de Bachelet, Rupert Colville, explicou que os corredores humanitários devem permitir aos "civis que desejam" a possibilidade de abandonar as zonas de conflito.
Bachelet se declarou "alarmada com o fracasso da diplomacia" na crise síria e considerou que "deveria colocar à frente a proteção dos civis a qualquer vitória política ou militar".
"Condeno nos termos mais enérgicos a persistente impunidade nas violações do direito internacional humanitário cometidas pelas diferentes partes em conflito", destacou.
Iniciada em março de 2011 com a repressão de manifestações pacíficas, a guerra da Síria deixou mais de 380 mil mortos.
Ofensiva do exército sírio
O exército da Síria anunciou na segunda-feira (17) que tomou controle de dúzias de cidades na região de Aleppo, e que vai fazer uma campanha para acabar com grupos militantes “onde quer que eles estejam”.
As forças do presidente Bashar al-Assad avançaram e forçaram os insurgente ao longo de uma rodovia que liga Aleppo a Damasco. Essa é a rota mais rápida entre as duas maiores cidades do país.
France Presse
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