Outubro 02, 2024

'Quero julgamento imediato', diz Trump sobre processo no Senado após sofrer impeachment na Câmara

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta quinta-feira (19) "julgamento imediato" no Senado sobre o processo aberto contra ele por meio do impeachment na Câmara.

No Twitter, Trump acusou os opositores de não darem um processo justo a ele na Câmara e de forçarem o Senado nas tratativas do julgamento que define o futuro do presidente, que deve ocorrer ainda em janeiro. "Na verdade, eles [Partido Democrata], não têm prova de nada, eles não vão nem mesmo aparecer", afirmou.

"Eu quero um julgamento imediato!", acrescentou.

Nos EUA, o presidente não é afastado do cargo após sofrer impeachment. Ele só terá o mandato cassado se dois terços dos senadores o julgarem culpado.

Assim, a expectativa é de que Trump sobreviva à votação no Senado porque mais da metade dos senadores são do Partido Republicano — o mesmo do presidente. Na votação na Câmara, nenhum governista votou a favor do impeachment.

'Nem parece que sofremos impeachment'

Enquanto a Câmara votava a abertura do processo no Senado pelos crimes de obstrução e abuso de poder, Trump fazia comício no estado do Michigan — chave para a eleição presidencial de 2020, na qual o presidente concorre à reeleição.

"Nem parece que estamos sofrendo impeachment", minimizou.
No discurso, o presidente dos EUA celebrou que todos os republicanos votaram contra o impeachment, sinalizando uma união do partido — o que indica que muito dificilmente ele seria cassado no Senado. "Cada republicano votou por nós. Nós não perdemos nenhum voto republicano", disse.

"Os democratas que não fazem nada declararam profundo ódio e desdém contra o povo americano. Esse impeachment partidário e fora da lei é uma marcha do suicídio político do Partido Democrata", afirmou.

O que o Senado vai julgar?

As duas acusações contra Trump aprovadas pela Câmara são as seguintes:

  • Abuso de poder ao pedir investigação contra a família de Joe Biden ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky — o que os deputados consideraram "interferência de um governo estrangeiro" em favor da reeleição de Trump em 2020;
  • Obstrução ao Congresso por impedir diversas pessoas ligadas à sua administração de prestar depoimento (inclusive algumas que tinham sido intimadas) e por se recusar a entregar documentos aos investigadores durante o inquérito.

G1
Portal Santo André em Foco

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