O papa Francisco pede o fim dos conflitos armados no mundo em uma carta publicada nesta terça-feira (18), escrita no quarto em que está hospitalizado em Roma há mais de quatro semanas para tratar uma pneumonia.
"A guerra parece ainda mais absurda (...) nos momentos de doença", disse o papa, hospitalizado desde 14 de fevereiro no hospital Gemelli de Roma por uma pneumonia dupla.
"A fragilidade humana tem o poder de nos tornar mais lúcidos diante do que dura e do que passa, do que faz viver e do que faz morrer", completou o pontífice, destacando ainda que as armas "devastam as comunidades e o meio ambiente, sem oferecer solução para os conflitos".
No texto, o papa também faz também um apelo a jornalistas, "a todos aqueles que dedicam seu trabalho e inteligência a informar", com o pedido para que "captem toda a importância das palavras".
"Nunca são apenas palavras: são fatos que estruturam os ambientes humanos. Podem unir ou dividir, servir à verdade ou abusar dela", disse. Por sua vez, "as religiões podem apoiar-se na espiritualidade dos povos para reavivar o desejo de fraternidade e de justiça, a esperança de paz".
"Temos que desarmar as palavras, para desarmar as mentes e desarmar a Terra. Há uma grande necessidade de reflexão, de calma, de senso de complexidade".
Após uma longa fase crítica e diversas crises respiratórias, o estado de saúde de Francisco melhorou nos últimos dias e permanecia estável, segundo o último boletim médico. O pontífice, no entanto, permanecerá hospitalizado por um período ainda não determinado, segundo o Vaticano.
No fim de semana, o Vaticano divulgou pela primeira vez uma foto do papa Francisco no hospital. Na imagem, ele aparece de costas e rezando em um capela do local. Em boletim na segunda-feira (17), o Vaticano afirmou que a mão do pontífice está inchada por conta da mobilidade reduzida.
France Presse
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