Setembro 30, 2024

Número de mortos em protestos no Chile sobe para 15

O número de mortos nos protestos violentos que afetam o Chile subiu para 15, quatro a mais que no balanço oficial anterior, anunciou nesta terça-feira (22) o governo.

"Temos um total, a nível nacional, de 15 falecidos, 11 deles na região metropolitana (...) associados a incêndios e saques, principalmente de centros comerciais", afirmou o subsecretário do Interior, Rodrigo Ubilla, em uma entrevista coletiva.

Três pessoas que morreram em incidentes fora da capital foram vítimas de tiros, indicou Ubilla.

Um militar foi preso pela morte de um manifestante de 25 anos, afirmou o promotor Julio Contardo ao jornal "El Mercúrio".

Na cidade de Talcahuano, um dos manifestantes foi atropelado na segunda-feira (21) por um caminhão da Marinha, de acordo com a promotora Ana María Aldana. O motorista foi identificado e levado ao departamento da polícia e indiciado por lesões graves, disse ela.

Nesta terça-feira (22) há manifestações convocadas em Santiago, Valparaiso, Antofagasta, Concepción e outras cidades.

Entenda as manifestações no Chile:

  • Os protestos no Chile começaram depois que o governo anunciou um aumento de 30 pesos na tarifa do metrô, equivalente a R$ 0,17;
  • Violência aumentou nos protestos a partir de sexta (18), após confrontos com a polícia;
  • O governo decretou, no sábado (19), estado de emergência por 15 dias, e Exército foi às ruas pela 1ª vez desde a ditadura;
  • Presidente chileno suspendeu o aumento na tarifa do metrô, mas os protestos continuaram.

Na segunda-feira (21), os manifestantes desafiaram um decreto de emergência e confrontaram a polícia em Santiago.

A polícia usou bombas de gás e jatos de água para interromper a marcha de estudantes e sindicalistas pelas principais vias de Santiago.

Os manifestantes se dispersavam para se reunir em outro ponto.

Protegidas por policiais e militares, lojas reabriram as portas depois de um fim de semana em que houve saques.

Cerca de 2 milhões de alunos não foram às aulas na segunda (21), de acordo com a France Presse.

Presidente anuncia reunião
O presidente Sebastián Piñera disse, no domingo (20), que o país está em guerra com um inimigo perigoso e incansável que não respeita nada e está disposto a usar violência e crime sem limites, mas ele não especificou a quem se referia.

Depois de ter sido criticado, na segunda (21), ele afirmou que iria se encontrar com seus ministros e com a oposição para encontrar uma solução para os problemas que afetam os chilenos.

"[Eu] me reunirei com presidentes de partidos, tanto do governo quanto da oposição, para poder explorar e, oxalá, avançar para um acordo social que permita a todos nos aproximarmos com rapidez, eficácia e também responsabilidade para melhores soluções aos problemas que afligem os chilenos e as oportunidades que merecem nossos compatriotas", afirmou o presidente em mensagem pública.

Piñera convocou a oposição para participar do encontro, mas os partidos de esquerda não compareceram à reunião.

O governo estuda um plano para cobrir os danos à infraestrutura causados durante as manifestações –na estimativa de Piñera, há prejuízos na casa dos milhões de dólares.

G1
Portal Santo André em Foco

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