Mai 19, 2024

Com apoio de Brasil, conselho da ONU adota resolução contra venda armas a Israel; saiba quem são os países fornecedores

O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta sexta-feira (5) uma resolução pedindo que países deixem de vender ou repassar armas e munições a Israel.

O texto recomenda ainda que governos interrompam também qualquer operação comercial com Israel que envolva equipamentos militares. O Brasil votou a favor da medida.

Atualmente, cinco países vendem armas a Israel, segundo a ONU:

  • Os Estados Unidos;
  • O Reino Unido;
  • A França;
  • A Alemanha;
  • A Austrália.

Outros seis países -- Itália, Espanha, Holanda, Bélgica, Japão e Canadá -- também transferiam armas ou equipamentos militares para Israel mas suspenderam as operações após o início da guerra no Oriente Médio.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU é composto por representantes de 47 países. Na votação desta sexta, 28 deles votaram a favor da resolução, entre eles China, Luxemburgo, Malásia e África do Sul, além do Brasil.

Outros seis membros se manifestaram contra e 13 se abstiveram. A Alemanha, um dos países que comercializa armas com Israel, foi um dos que votaram contra. O representante do país alegou que o texto “abstém-se de mencionar o Hamas e nega a Israel o exercício do seu direito à autodefesa”.

Além da Alemanha, votaram contra a medida os Estados Unidos, a Argentina, o Paraguai, a Bulgaria e o Malawi.

O texto da medida foi feito pelo Paquistão e pede a interrupção do fornecimento de armas "para prevenir novas violações do direito humanitário internacional e violações e abusos dos direitos humanos”.

Ao contrário da resoluções do Conselho de Segurança da ONU, os textos adotados pelo Conselho de Direitos Humanos não têm caráter vinculativo -- ou seja, os países não têm a obrigação de adotá-lo.

No entanto, segundo a ONU, as resoluções de direitos humanos "têm um peso moral significativo e, neste caso, destinam-se a aumentar a pressão diplomática sobre Israel e a influenciar potencialmente as decisões políticas nacionais".

Conselho de Segurança
No fim de março, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução de cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.

O texto, elaborado por um grupo de dez países com assento rotativo no Conselho de Segurança liderados por Moçambique, foi a primeira sobre um cessar-fogo no território palestino adotada pelo conselho.

No entanto, embora no caso do Conselho de Segurança as resoluções sejam juridicamente vinculativas, na prática acabam ignoradas por muitos países. E foi o que aconteceu.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu que o governo israelense acatasse a decisão do conselho, mas Tel Aviv não acatou a recomendação.

g1
Portal Santo André em Foco

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