A Organização das Nações Unidas declarou ter identificado "claras evidências" de que podem ter sido cometidos crimes de guerra em Israel e na Faixa de Gaza no recente conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
A declaração foi feita pela Comissão de Inquérito sobre o Território Palestino Ocupado, que apura as possíveis infrações cometidas durante o conflito.
Em nota à imprensa, a Comissão afirmou que grupos armados de Gaza mataram a tiros centenas de civis desarmados e que fazer reféns civis e usar civis como escudos humanos "são crimes de guerra".
O grupo definiu estar "seriamente preocupada com o mais recente ataque de Israel a Gaza" e com o anúncio de um cerco total" a Gaza. A medida envolve retenção de água, alimentos, eletricidade e combustível, o que para a ONU "sem dúvida, custará vidas civis e constituirá um castigo coletivo".
"A Comissão insta as forças de segurança israelitas e os grupos armados palestinianos a respeitarem estritamente o direito internacional humanitário e o direito internacional dos direitos humanos", diz a Nações Unidas, na nota.
No texto, a ONU afirmou que o único caminho para a paz é "abordar as causas profundas do conflito, nomeadamente pondo termo à ocupação ilegal do território palestiniano e reconhecendo o direito do povo palestiniano à autodeterminação".
Início do conflito
O conflito na região começou no último sábado (7). Homens armados do Hamas, grupo terrorista que atua no território Palestino, invadiram Israel e atacaram diversas cidades. Naquele dia, os integrantes abriram fogo contra civis que estavam nas ruas. Entenda abaixo o que aconteceu até agora.
Israel, que revidou os ataques, reforçou suas tropas no sul do país e nos arredores da Faixa de Gaza. Nesta terça-feira, a Defesa israelense disse ter retomado o controle da fronteira.
Ainda segundo o governo israelense, nenhuma invasão foi registrada durante a segunda-feira (9). Minas foram instaladas na região da barreira que foi violada pelo Hamas no sábado, para evitar novas invasões.
O conflito entre Israel e o Hamas já dura quatro dias. Nesta terça-feira, Israel anunciou um ataque em larga escala contra o grupo terrorista, com mais de 200 alvos sendo bombardeados na Faixa de Gaza.
g1
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