Outubro 18, 2024

Dois carros-bomba explodem em Quito; não há registro de vítimas

A onda de violência que marcou o primeiro turno das eleições no Equador no início do mês continua no país. Nesta quinta-feira (31), dois carros-bomba explodiram em Quito em menos de 12 horas.

Segundo a polícia local, não houve vítimas, mas o caso reacendeu o alerta por novos ataques no país. Em 9 de agosto, o candidato à presidência Fernando Villavicencio foi assassinado ao sair de um ato de campanha, também na capital equatoriana.

De acordo com a imprensa local, a principal suspeita da polícia é que os carros-bomba tenham sido detonados por membros do Los Lobos, grupo criminoso que também reivindicou autoria do assassinato de Villavicencio - embora as investigações oficiais ainda não tenham apontado um culpado.

Fontes da investigação disseram à agência de notícias EFE que as explosões foram um ato de retaliação do grupo criminoso por conta da transferência do líder do Los Lobos a um presídio de segurança máxima em Guayaquil.

Explosões
Segundo a polícia, um dos veículos que explodiram nesta quinta estavam carregados com dois cilindros de gás e dinamite, que causaram quatro explosões em série em uma área comercial da capital, no início da madrugada.

A segunda explosão ocorreu no início da madrugada. Na manhã desta quinta, a polícia informou que ainda investigava o episódio.

Seis pessoas - cinco equatorianas e uma colombiana - foram detidas por suspeita de envolvimento nas explosões.

Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram barulho de explosões, fumaça pela região de Quito e carros de polícia correndo para todos os lados. Até a última atualização desta reportagem, não havia relato de vítimas.

Violência no Equador
No início do mês, Fernando Villavicencio, um ex-jornalista investigativo que chegou a aparecer em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto nas eleições para presidente do Equador, foi assassinado com três tiros na cabeça depois de sair de um comício em uma escola.

O caso chocou o país e o mundo, e jogou luz no aumento agudo da violência no Equador, que nos últimos anos virou refúgio para grupos criminosos da Colômbia e rota do tráfico de drogas da América Latina.

Essa violência alcançou a política, e os candidatos à presidência já haviam inclusive sido instruídos a usar coletes à prova de balas.

Quinze dias depois, no dia das eleições, o substituto de Villavicencio, Christian Zurita, foi votar de colete, capacete e um forte esquema polícial.

O segundo turno no Equador ocorrerá em 15 de outubro entre os candidatos Luísa González, apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa, e o empresário Daniel Noboa Azin, filho de um dos maiores bilionários do país.

g1
Portal Santo André em Foco

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