Outubro 21, 2024

Acidente de ônibus no México deixa ao menos 16 mortos e 36 feridos

Um acidente de ônibus que transportava, em sua maioria, migrantes venezuelanos em uma rodovia no sul do México deixou 16 mortos e 36 feridos nesta terça-feira (22), segundo autoridades dos estados de Oaxaca, no sul, e Puebla, na região central. Segundo a Promotoria de Oxaca, oito homens e oito mulheres estão entre as vítimas fatais. Uma delas é um menor de idade.

O acidente ocorreu na madrugada de terça-feira em uma rodovia que liga Puebla a Oaxaca, quando o ônibus colidiu de frente com um caminhão de carga, disseram as autoridades.

"Os passageiros feridos, homens e mulheres, foram transferidos para o Hospital Geral da cidade de Tehuacán e 9 deles para os Centros de Saúde da entidade", informou o Departamento do Interior de Puebla em sua conta no X (antigo Twitter).

A via onde ocorreu o acidente manteve-se parcialmente encerrada ao trânsito devido ao trabalho dos serviços de emergência, informou o sistema viário federal e pontes, Capufe.

Viagem arriscada
Muitos migrantes indocumentados percorrem as rodovias do México em busca de chegar à fronteira com os Estados Unidos para buscar refúgio ou tentar cruzar ilegalmente.

A maioria viaja clandestinamente, escondida em caminhões de carga, em condições de superlotação e submetida a maus-tratos por parte dos “polleros”, como são conhecidos os traficantes de pessoas.

No início de agosto, pelo menos 18 pessoas morreram e outras 23 ficaram feridas depois de um autocarro com passageiros locais e migrantes de países como a Índia, a República Dominicana e o continente africano ter caído numa ravina no estado de Nayarit (noroeste).

Em fevereiro, outro confronto na mesma zona fronteiriça entre Puebla e Oaxaca deixou 17 mortos e 15 feridos, incluindo migrantes da Venezuela, Colômbia e América Central.

O acidente mais sangrento envolvendo migrantes em rota foi registrado em dezembro de 2021, quando um caminhão-reboque transportando mais de 160 pessoas colidiu com uma ponte no estado de Chiapas, no sul, deixando mais de 50 mortos, a maioria centro-americanos.

AFP
Portal Santo André em Foco

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