Outubro 04, 2024

Cúpula do G7 diz que possível uso de arma nuclear pela Rússia contra Ucrânia é inadmissível

A cúpula do G7 - grupo que compõe os sete países mais industrializados e ricos do mundo - divulgou um documento nesta sexta-feira (19) em que diz ser inadmissível o uso de arma nuclear pela Rússia contra a Ucrânia.

Em março, o governo da Rússia voltou a lançar sobre os países ocidentais a sombra de um conflito nuclear em decorrência da guerra na Ucrânia. À época, Vladimir Putin acusou os países ocidentais de instigarem o conflito, ao fornecer armas aos ucranianos.

Todos os sete países afirmaram no documento que a retórica nuclear irresponsável da Rússia, o enfraquecimento dos regimes de controle de armas e a intenção declarada de implantar armas nucleares na Belarus são perigosos e inaceitáveis.

"Reiteramos nossa posição de que as ameaças de uso de armas nucleares por parte da Rússia, e qualquer uso de armas nucleares por parte da Rússia, no contexto de sua agressão contra a Ucrânia, são inadmissíveis", diz o documento.

Os países ainda usam o documento para destacar que o compromisso deles é alcançar um mundo sem armas nucleares e com segurança para todos. Como saída, destacaram a importância da transparência em relação às armas nucleares, apontando que as medidas tomadas pelos Estados Unidos, França e Reino Unido foram efetivas. "Por meio de dados fornecidos [por esses países] sobre suas forças nucleares, [conseguimos ver] o tamanho objetivo de seu arsenal nuclear".

Eles pedem também que a Rússia se comprometa com os princípios assinados pelo país na 'Declaração Conjunta dos Líderes de Cinco Estados sobre Armas Nucleares', feito em 3 de janeiro de 2022. Dentre as normas está o fortalecimento de medidas nacionais para impedir o uso não autorizado e não intencional de armas desse tipo.

"Sublinhamos nosso desejo de trabalhar com todos os Estados para criar um ambiente de segurança mais propício ao progresso do desarmamento com o objetivo final de um mundo sem armas nucleares com segurança inalterada para todos", diz o documento sobre a Declaração Conjunta dos Líderes divulgado pela Casa Branca.

Por fim, os países apelam à China e à Rússia para que se envolvam substancialmente em fóruns multilaterais e bilaterais relevantes sobre armas nucleares.

Lula no G7
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Hiroshima na quinta-feira (18), onde participará, na condição de convidado, da reunião de cúpula do G7. Ele foi convidado pelo primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.

O Japão ocupa a presidência rotativa do bloco, formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. A União Europeia também está no grupo.

g1
Portal Santo André em Foco

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