Outubro 22, 2024

Milhares de manifestantes se reúnem em Lima para pedir renúncia da presidente

Milhares de manifestantes devem protestar nesta quinta-feira (19) em Lima para pedir a renúncia da presidente do Peru, Dina Boluarte (entenda mais sobre os motivos da mobilização abaixo).

A polícia mobilizou 11.800 agentes em Lima para controlar os protestos marcados para a tarde.

O chefe da Região Policial de Lima, o general Víctor Zanabría, afirmou que eles contam com mais de 120 caminhões e 49 viaturas militares, além da participação das forças armadas.

Na quarta-feira, um confronto entre manifestantes e policiais em Macusani, no sul do Peru, deixou um morto e um gravemente ferido, informou em comunicado o hospital San Martín de Porres, em Macusani.

Com esta morte, sobe para 43 o número de óbitos desde o início da crise, em 7 de dezembro.

Segundo fotos divulgadas pela imprensa local, a delegacia da cidade foi incendiada durante os confrontos. Policiais foram resgatados de helicóptero, disse o canal de televisão N, sem mostrar imagens.

Tomar Lima
Os manifestantes exigem a renúncia da presidente Dina Boluarte e novas eleições no Peru. Eles esperam "tomar Lima" e causar impacto.

"Em Lima, a luta terá mais peso. Quando nos reprimem nas nossas regiões, ninguém fala nada", disse Abdon Félix Flores, de 30 anos, camponês que se diz pronto "para dar a vida". Ele deixou Andahuaylas no domingo (15), epicentro das manifestações de dezembro, para chegar a Lima na terça-feira.

Até o momento, não foi possível saber exatamente o alcance da manifestação e quantas pessoas chegaram a Lima.

Embora o governo tenha decretado estado de emergência por 30 dias no domingo em Lima, Cuzco, Callao e Puno, o sindicalista Gerónimo López, que convocou a greve, disse que os organizadores não solicitaram autorização para a manifestação.

"Não há autorização da polícia. Nunca se pede autorização para uma manifestação social, não é uma obrigação que nos autorizem", afirmou, apesar de o estado de emergência suspender as liberdades de reunião e de circulação, além de permitir a intervenção do Exército para manter a ordem.

"É uma manifestação justa e democrática dos cidadãos que chegaram das regiões e também daqui, de Lima, onde pedem a renúncia imediata de Dina Boluarte, a convocação de novas eleições para este ano de 2023 e o fechamento do Congresso", disse ele.

"É uma greve cívica popular nacional com manifestações pacíficas de organizações de diferentes regiões, evitando qualquer ato de vandalismo", afirmou.

France Presse
Portal Santo André em Foco

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