O fantasma da escassez despertou na Venezuela após o governo ter anunciado a volta do controle de preços sobre mais de 40 produtos de consumo em massa, uma política que no passado levou a uma escassez generalizada e que busca, como antes, combater a inflação e a especulação.
Confrontado com uma "alteração na dinâmica dos preços", o governo respondeu através do órgão regulador no comércio com uma publicação nas redes sociais em que estabeleceu a quantidade de farinha, açúcar, arroz e outros produtos que deve ser vendida. A mensagem gerou um alvoroço e, minutos depois, foi apagada.
Na sequência desta ameaça, o deputado do partido governista Jesús Faría, presidente da Comissão Parlamentar de Economia e Finanças, confirmou que o governo adotou "um conjunto de decisões para estabelecer preços máximos de varejo para mais de 40 produtos", sem especificar quais seriam sujeitos a este controle ou quando a medida entrará em vigor.
Na opinião do economista Litsay Guerrero, pesquisador do Cedice (Centro de Difusão do Conhecimento Econômico), o governo está tentando melhorar a percepção da população sobre a própria gestão diante dos aumentos de preços, que em novembro atingiram 21,9%, de acordo com estimativas independentes.
Com este anúncio, a chamada revolução bolivariana busca enviar "o sinal de que quer tomar medidas para resolver estes problemas".
"A questão é que esta não é a forma de resolver, são problemas que não serão resolvidos controlando os preços novamente", disse o especialista à Agência EFE.
R7
Portal Santo André em Foco
Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.