Outubro 01, 2024

Israel reage após ataque de mísseis do Líbano; ONU alerta sobre possível novo conflito

Israel respondeu neste domingo (1°) ao ataque de mísseis antitanque lançados do Líbano, informou o exército. A reação ocorre em meio a um contexto de fortes tensões nos últimos dias e medo de escalada do conflito com o movimento xiita libanês Hezbollah.

"Vários mísseis foram disparados do Líbano contra uma base (militar israelense) e veículos militares. [O exército] responde com tiros às fontes desses atentados e aponta para o sul do Líbano", afirmou o exército de Israel.

O Hezbollah afirmou ter "destruído" um "veículo militar" israelense no setor de Avivim, no norte de Israel, relatando que há "mortos e feridos", segundo a emissora de televisão do movimento xiita, Al Manar.

No último domingo (25), um drone israelense de reconhecimento caiu nos subúrbios do sul de Beirute, território dominado pelo Hezbollah, e outro explodiu no ar.

O presidente do Líbano, Michel Aoun, descreveu o incidente como uma "declaração de guerra", acrescentando que seu país tinha o direito de "autodefesa".

O Conselho de Segurança da ONU prorrogou nesta quinta-feira (29) a missão dos cerca de 10 mil soldados lotados no Líbano por mais um ano e alertou sobre o ressurgimento de um conflito entre o país e Israel.

Conflito com Israel
Por conta "dos acontecimentos na fronteira sul, o primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, pediu neste domingo (1°) a "intervenção" dos Estados Unidos e da França, de acordo com comunicado enviado à imprensa.

Hariri conversou por telefone com o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo, e com um assessor do presidente francês Emmanuel Macron para solicitar "a intervenção dos Estados Unidos, da França e da comunidade internacional diante da evolução da situação na fronteira sul" do país, de acordo com um comunicado.

No sábado (31), o líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, declarou que a resposta do movimento libanês a um recente ataque israelense por drones já estava "determinada".

Determinação da ONU
O Conselho de Segurança da ONU adotou, por unanimidade, um projeto redigido pela França para prorrogar por mais um ano a missão dos cerca de 10 mil soldados lotados no Líbano.

"As violações ao fim das hostilidades podem levar a um novo conflito com o qual nenhuma parte da região pode arcar", diz o texto, que "condena todas as violações da Linha Azul" que separa o Líbano e Israel "por via aérea e terrestre".

Em sua resolução, o Conselho de Segurança pede para "todas as partes não pouparem esforços para manter a paz", manterem calma e moderação máximas e evitarem qualquer ação ou retórica que possam comprometer o fim das hostilidades ou desestabilizar a região.

A pedido dos Estados Unidos, conforme indicado pelos diplomatas, o Conselho solicitou ao secretário-geral da ONU que faça antes de 1º de junho de 2020 uma avaliação do Finul e de suas tropas.

Washington fracassou em sua tentativa de reduzir para 9 mil o número máximo de capacetes azuis que podem ser mobilizados, a partir dos 15 mil autorizados desde o último conflito entre Israel e Líbano, de 2006.

O texto adotado exige, também a pedido dos Estados Unidos, que o Finul tenha "acesso total à Linha Azul".

Até agora, os soldados da missão não alcançaram pontos ao norte desta linha, onde em dezembro foram descobertos túneis denunciados por Israel.

France Presse
Portal Santo André em Foco

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