A China anunciou nesta segunda-feira (15) que organizou novos exercícios militares ao redor de Taiwan, ilha que recebe atualmente a visita de congressistas americanos.
"Em 15 de agosto, o Comando do Leste do Exército Popular de Libertação da China organizou uma patrulha de preparação para o combate conjunto de serviços múltiplos e exercícios de combate no mar e no espaço aéreo ao redor de Taiwan", afirma um comunicado militar chinês.
A visita de dois dias dos cinco legisladores dos Estados Unidos, que não havia sido anunciada antecipadamente, acontece pouco depois de Pequim organizar manobras militares com navios, mísseis e aviões de combate nas águas e no céu ao redor de Taiwan, uma ilha de governo autônomo que a China reivindica.
"Trata-se de uma dissuasão solene contra Estados Unidos e Taiwan por continuarem a fazer truques políticos e minar a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan", afirmou Shi Yi, porta-voz do Comando do Leste do Exército chinês, em um comunicado no qual prometeu "defender resolutamente a soberania nacional".
A delegação de cinco membros do Congresso americano, liderada pelo senador Ed Markey, de Massachusetts, tinha reunião programada com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, e um banquete no Ministério das Relações Exteriores.
A visita tem como principais temas o comércio, a segurança regional e a mudança climática, segundo a embaixada de fato de Washington em Taipé.
O Ministério taiwanês das Relações Exteriores elogiou a visita como um novo sinal de amizade entre Taipé e Washington, "que não tem medo das ameaças e da intimidação da China".
O governo taiwanês acusa Pequim de usar a visita de Pelosi como desculpa para executar exercícios que permitiram ao país treinar uma invasão.
O Partido Comunista da China nunca governou Taiwan, mas afirma que usará a força, se necessário, para retomar a ilha.
AFP
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