O Congresso dos Estados Unidos aprovou um pacote de ajuda de US$ 40 bilhões, cerca de R$ 200 bilhões, para a Ucrânia nesta quinta-feira (19), o mais recente cumprimento da promessa do presidente Joe Biden de apoiar Kiev contra a invasão russa.
"A ajuda à Ucrânia vai muito além da caridade", disse o líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell.
"O resultado desse conflito moldará o futuro da segurança americana e dos principais interesses estratégicos", acrescentou ele, horas antes da votação no Senado.
"Continuidade de governo"
O pacote inclui US$ 6 bilhões para a Ucrânia reforçar sua frota de veículos blindados e sistema de defesa aérea. Quase US$ 9 bilhões são reservados para ajudar a "continuidade do governo" da Ucrânia, além da ajuda humanitária.
O Congresso já havia aprovado quase US$ 14 bilhões para a Ucrânia em meados de março, algumas semanas após a invasão russa.
Mas a propagação dos combates, que se deslocaram da capital para o leste e o sul da Ucrânia, levou Biden a pedir outra rodada de apoio financeiro por semanas.
O presidente dos EUA expressou repetidamente seu desejo de liderar o que descreve como uma grande batalha da democracia contra o autoritarismo.
Mas os fundos que já haviam sido destinados ao apoio à Ucrânia estavam prestes a acabar, disse Biden. A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou o pacote de US$ 40 bilhões na semana passada – um valor equivalente ao PIB de Camarões em 2020.
"Pagamos agora ou depois"
Esse apoio bipartidário é raro em um Congresso profundamente dividido.
"Quando o assunto é Putin, ou pagamos agora ou pagamos depois", disse a senadora republicana Lindsey Graham, que no início do conflito na Ucrânia defendeu o assassinato do presidente russo no Twitter.
Embora inicialmente se limitasse a enviar armas consideradas defensivas, Washington passou a fornecer artilharia, helicópteros e drones ao exército ucraniano.
Os soldados ucranianos recebem treinamento para usá-los nos Estados Unidos ou em países terceiros antes de retornar às linhas de frente.
Outros US$ 9 bilhões do último pacote também são destinados a ajudar os Estados Unidos a reabastecer seu próprio arsenal de armas.
O Senado também cumpriu seu papel tradicional como aliado do presidente nas relações exteriores na manhã de quarta-feira, confirmando Bridget Brink, diplomata de carreira, como a próxima embaixadora dos EUA na Ucrânia.
O cargo estava vago desde 2019.
AFP
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