Os membros do G7 pediram na quinta-feira (10) aos países produtores de petróleo e gás que "aumentem suas entregas" para lidar com o aumento dos preços da energia e os riscos de escassez decorrentes da invasão da Ucrânia.
A invasão russa da Ucrânia causa "fortes repercussões nos mercados internacionais de energia", especialmente, um "aumento significativo" no preço do petróleo, gás e carvão, afirmaram em um comunicado conjunto os ministros da Energia dos países do G7 (Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido, Alemanha, Itália e Japão), após uma reunião por videoconferência dedicada à Ucrânia.
Por isso, “pedimos aos países produtores de petróleo e gás que ajam com responsabilidade e estudem sua capacidade para aumentar suas entregas internacionais, pois, acima de tudo, a produção não está em plena capacidade”, afirmaram.
Mesmo assim, um dos membros do G7, o Reino Unido, pediu na terça-feira (8) aos demais membros para “acabar com o uso de petróleo e gás russo”, em resposta à ofensiva russa na Ucrânia.
Países da União Europeia, altamente dependentes da energia russa, não querem proibir sua importação por enquanto.
Na quinta-feira, os Emirados Árabes Unidos esfriaram as expectativas de aumento da produção por parte da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e declararam que este grupo vai manter seus compromissos com a aliança Opep+ (que reúne os 13 membros da Opep e outros dez países, liderados pela Rússia).
Os membros da Opep se recusaram a acelerar a produção e continuam comprometidos com um aumento gradual de 400 mil barris diários por mês. A Rússia é o segundo maior exportador mundial, atrás apenas da Arábia Saudita.
Em reação às declarações dos Emirados Árabes Unidos, o preço do barril de petróleo Brent subiu 4% na manhã desta quinta-feira na Europa, atingindo 115,38 dólares às 08h55 GMT (05h55 de Brasília).
Por sua vez, o WTI, cotado em Nova York, operava em alta de 3,47%, sendo vendido a 112,58 dólares o barril.
AFP
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