A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, disse nesta quinta-feira (17) que Rússia se dirige para uma "invasão iminente" da Ucrânia, apesar dos anúncios de retirada de tropas.
A diplomata disse ter pedido ao secretário de Estado americano, Antony Blinken, para participar, assim como ele, da reunião do Conselho de Segurança da ONU desta quinta sobre a Ucrânia.
"[Quero] sinalizar nosso intenso compromisso com a diplomacia, oferecer e enfatizar o caminho para a desescalada e deixar claro ao mundo que estamos fazendo tudo – tudo – que podemos para evitar uma guerra", disse Thomas-Greenfield.
Um alerta nesse mesmo sentido foi lançado também nesta quinta pelo secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, segundo o qual a Rússia poderá usar desculpas para invadir o país vizinho.
Aumento de tropas
O governo americano acusou, na quarta-feira (16), a Rússia de enviar pelo menos 7.000 militares a mais à região das fronteiras com a Ucrânia, apesar da promessa russa de diminuir o número de soldados na área.
Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, disse que seu país resistirá a qualquer invasão.
Nesta quinta, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, reforçou a tese de que a Rússia não tem diminuído a presença de suas tropas na fronteira.
Austin afirmou que documentos da Inteligência americana mostram indícios de que a Rússia esteja estocando suprimentos de sangue e suas tropas estejam se aproximando da Ucrânia.
"Eu mesmo fui um soldado não muito tempo atrás", disse o secretário de Defesa. "Eu sei em primeira mão que você não faz esse tipo de coisa sem motivo."
Separatistas e militares trocam acusações
Os rebeldes separatistas da região leste da Ucrânia acusaram nesta quinta-feira (17) as forças de governo de terem efetuado disparos no território que eles dominam em quatro momentos ao longo das últimas 24 horas.
Os militares ucranianos negam as acusações —eles afirmam que ocorreu justamente o contrário: os rebeldes separatistas atiraram contra as forças ucranianas.
Os militares ucranianos disseram nesta quinta-feira (17) que os separatistas que agem na região leste do país abriram fogo em uma vila e que até mesmo uma escola de jardim de infância foi atingida. Não houve feridos.
Expulsão de vice-embaixador
A Rússia expulsou o vice embaixador dos EUA no país Bartle Gorman, nesta quinta-feira, segundo a agência russa de notícias RIA.
A informação foi confirmada horas depois pelo Departamento de Estado americano.
Ainda de acordo com a agência, fontes da embaixada americana em Moscou afirmaram que o governo de Washington responderá à medida.
Não há, até a última atualização desta reportagem, informações sobre a justificativa usada pela Rússia para esta expulsão.
g1
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