Outubro 02, 2024

Prefeitura de Moscou ordena isolamento de idosos não vacinados em meio a novo surto de Covid-19

A Prefeitura de Moscou ordenou, nesta terça-feira (19), o isolamento de idosos não vacinados contra a Covid-19 durante quatro meses em meio ao surgimento de um novo surto da doença na Rússia.

Foram confirmadas, apenas nas últimas 24 horas, 1.015 mortes por complicações causadas pelo coronavírus – um novo recorde diário –, o que elevou o total de vítimas da pandemia no país para mais de 225 mil — de longe o maior da Europa.

"O número de pessoas hospitalizadas com casos graves da doença vem aumentando a cada dia", disse o prefeito da capital russa, Sergei Sobyanin, em um comunicado.

A medida de isolamento para quem não se vacinou acompanha o anúncio de que o governo russo vem trabalhando na criação de um megaferiado para que as pessoas evitem ir ao local de trabalho, aumentando a transmissão do vírus (leia mais adiante nesta reportagem).

A Rússia tem enfrentado dificuldades para convencer a população a se vacinar, e tem, até o momento, apenas 31% dos adultos totalmente imunizados, e mesmo com a alta de infectados e óbitos o governo russo evita adotar medidas de restrição.

Megaferiado contra a Covid
Em meio a recordes diários de mortes por Covid-19, o governo da Rússia planeja fechar os locais de trabalho por uma semana para tentar frear a escalada do novo coronavírus.

Agora, a vice-primeira-ministra Tatiana Golikova quer que os dias entre 30 de outubro a 7 de novembro sejam considerados não-úteis, para combater o aumento de infecções.

O governo russo já adotou medidas semelhantes em outras ocasiões, mas tem descartado um novo bloqueio nacional porque o que foi feito no início da pandemia afetou fortemente a economia e também a popularidade do presidente Vladimir Putin.

O Klemlin também repetiu o apelo à população para que se imunize. "Uma posição mais responsável é necessária de todos os cidadãos", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. "Agora cada um de nós deve mostrar responsabilidade e ser vacinado".

Falta de leitos em hospitais
Em meio à alta de mortes, o Ministério da Saúde da Rússia pediu na semana passada a médicos aposentados vacinados que voltassem aos hospitais para ajudar a combater a nova onda do vírus.

Andrei Klychkov, governador da região de Orlovsky (a 325 km ao sul de Moscou), disse à agência de notícias RIA que a região está sem leitos.

Com a escalada de mortes, foram suspensos até testes de foguete para preservar oxigênio para pacientes com Covid-19.

Suptnik V
A Rússia se gabou de ter sido o primeiro país do mundo a autorizar uma vacina contra a Covid-19, em agosto de 2020, embora ela tivesse sido testada apenas em algumas dezenas de pessoas na época.

O imunizante recebeu orgulhosamente o nome de Sputnik V, em referência ao primeiro satélite do mundo, para enfatizar as realizações científicas do país.

Vacinação estagnada
Mas o governo não tem conseguido convencer a população a tomar o imunizante (e outras três vacinas que já foram desenvolvidas no país).

Autoridades abriram centros de vacinação em shopping centers e outros locais e tentaram estimular os russos com loterias, bônus e até sorvetes, mas todos os esforços falharam.

E, mesmo com a vacinação estagnada, Putin continua a defender a importância de uma ampla vacinação, mas enfatiza sempre que ela deve permanecer voluntária.

g1
Portal Santo André em Foco

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