Outubro 01, 2024

Manifestantes fazem ato em aeroporto de Hong Kong

Centenas de manifestantes, incluindo comissários de bordo, realizaram uma manifestação na sala de desembarque do aeroporto de Hong Kong nesta sexta-feira (26). O objetivo do ato é mostrar aos visitantes o que motiva multidões a protestarem na região semiautônoma há sete semanas.

No saguão de do aeroporto, um dos mais movimentados do mundo, os visitantes internacionais foram recebidos por manifestantes de camisetas pretas com cartazes e cantos que diziam “Não há distúrbios, só tirania”.

Os manifestantes visam esclarecer a situação principalmente para os visitantes da China continental, onde as notícias são controladas pelo Estado e fortemente censuradas, de acordo com a Rádio França Internacional. Os protestos foram descritos por Pequim como um plano violento, orquestrado por fundos estrangeiros para desestabilizar o governo central.

“Eles [os chineses] não têm ideia real do que se passa, acham que todos que protestam são baderneiros ou que pedem a independência de Hong Kong”, declarou uma manifestante à AFP.
O ato é a mais recente tentativa de pressionar os líderes pró-Pequim de Hong Kong. Nas últimas semanas, protestos de massa tomaram as ruas de Hong Kong, em grande parte pacíficos, mas comumente seguidos de confrontos violentos. O movimento é um desafio sem precedentes à autoridade de Pequim desde a região semiautônoma voltou para o seu domínio em 1997.

Onda de protestos
A onda de protestos começou em 9 de junho em reação a um projeto de lei do governo que autorizava pessoas acusadas de crimes em Hong Kong a serem extraditadas para a China continental.

A uma medida foi vista com preocupação por diversos grupos, que a identificavam como uma potencial ameaça para as liberdades dos moradores da ilha.

Face à forte oposição, o governo suspendeu o projeto, mas a decisão não acalmou os manifestantes. O movimento se ampliou e passou a defender reformas democráticas, sufrágio universal e um freio para cortar liberdade civil no território semiautônomo.

Os manifestantes também querem a renúncia da chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, a retirada definitiva do projeto de lei de extradições, uma investigação independente sobre a violência policial e a anistia das pessoas presas.

A ex-colônia britânica, que retornou sob controle chinês em 1997, deveria manter suas liberdades até 2047 graças ao acordo de retrocessão.

No dia em que houve a celebração oficial do 22º aniversário do retorno do território ao domínio da China, manifestantes invadiram o Parlamento local. Nessa ocasião, houve o confronto violento entre policiais e manifestantes.

Os manifestantes visam principalmente visitantes da China continental, onde as notícias são controladas pelo Estado e fortemente censuradas. Os protestos foram descritos por Pequim como um plano violento, orquestrado por fundos estrangeiros para desestabilizar o governo central.

“É importante vir ao aeroporto e dizer aos estrangeiros sobre o que está acontecendo em Hong Kong”, declarou uma manifestante à AFP, acrescentando que é importante informar as pessoas na China. “Elas não têm ideia real do que se passa, acham que todos que protestam são baderneiros ou que pedem a independência de Hong Kong”, acrescentou.

G1
Portal Santo André em Foco

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