Ao menos 42 pessoas morreram e dezenas estão desaparecidas devido às fortes chuvas e inundações no oeste da Alemanha. Outras 2 morreram na Bélgica.
As fortes enchentes transformaram ruas em rios com correntezas violentas, que "varreram" carros, arrancaram árvores e causaram o desabamento de algumas edificações.
Represas correm o risco de se romper nos dois países, e as chuvas também têm causado transtornos na Holanda e na França.
Ao menos 18 mortes foram registradas no condado de Ahrweiler, onde pessoas fugiram para os telhados de suas casas e aguardaram pelo resgate, e 15 morreram no condado de Euskirchen.
Casas desabaram e foram arrastadas pelas águas na aldeia de Schuld, onde muitos estão desaparecidos e quatro mortes já foram confirmadas.
Outras duas pessoas morreram em porões inundados nas proximidades de Solingen e Unna. A polícia relatou outra morte no município de Rheinbach.
Trabalhos de resgate
Socorristas tentam evacuar pessoas que subiram nos telhados para se protegerem das chuvas, e dois bombeiros morreram durante os trabalhos de resgate nas cidades de Altena e Werdohl.
Os serviços de emergência abriram uma linha telefônica para coletar informações sobre os desaparecidos e pediram aos moradores que enviem vídeos e fotos que possam ajudá-los na busca.
As autoridades locais também pediram aos afetados que fiquem em casa e, se for possível, nos andares mais altos de seus edifícios.
Em Wuppertal, autoridades alertam que uma barragem ameaçava estourar.
No condado de Rhine-Sieg, ao sul de Colônia, a polícia ordenou a evacuação de vários vilarejos abaixo do reservatório Steinbachtal, em meio a temores de que a barragem também pudesse romper.
Inundações na Bélgica
Na Bélgica, chuvas constantes durante a noite pioraram as inundações no leste do país, onde uma pessoa morreu afogada e outra está desaparecida.
A segunda morte foi registrada no leste de Eupen, na fronteira com a Alemanha.
Algumas cidades viram o nível dos rios subir a patamares sem precedentes e as ruas se transformaram em rios.
Cerca de 10 casas desabaram em Pepinster, após o rio Vesdre inundar a cidade. Moradores foram evacuados de mais de mil casas.
As principais rodovias no sul e no leste do país ficaram alagadas, e o serviço ferroviário interrompeu todo o tráfego.
Em Liège, a principal cidade do leste da Bélgica, o rio Meuse pode transbordar no início da tarde e invadir o "coração" da cidade.
A polícia pediu aos cidadãos para tomarem medidas de precaução.
E na Holanda, na França...
No sul da Holanda, perto das fronteiras com a Alemanha e a Bélgica, autoridades da cidade de Valkenburg evacuaram uma casa de repouso e um hospício durante a noite.
Uma enchente também transformou a rua principal da cidade turística em um rio.
O governo holandês enviou cerca de 70 soldados à província de Limburg na noite de quarta-feira (14). Não há relatos de feridos ou mortos relacionados a enchentes na Holanda até o momento.
Chuvas excepcionalmente intensas também inundaram uma parte do nordeste da França nesta semana, derrubando árvores e forçando o fechamento de dezenas de estradas.
Uma rota de trem para Luxemburgo foi interrompida e os bombeiros evacuaram dezenas de pessoas de casas perto da fronteira com Luxemburgo e Alemanha e na região de Marne.
O equivalente a dois meses de chuva caiu em algumas áreas nos últimos um ou dois dias, segundo o serviço nacional de meteorologia da França
O serviço meteorológico francês prevê mais chuvas nesta quinta-feira (15) e divulgou alertas de inundação para 10 regiões.
G1
Portal Santo André em Foco
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