Um consultor sênior da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta sexta-feira (23) que representantes da agência de saúde das Nações Unidas tiveram uma "excelente conversa" com o novo chanceler brasileiro, Carlos França, e elogiou medidas do país para combater a pandemia.

"Tivemos uma excelente conversa com sua excelência o chanceler do Brasil no início desta semana", disse em entrevista coletiva, Bruce Aylward, consultor sênior da OMS.

No mês passado, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, chegou a dizer que esperava 'melhor desempenho' do Brasil na resposta à crise do coronavírus e a organização considerou, no início de abril, que o país vive um "inferno de surto".

"Valorizamos tudo o que está sendo feito agora para intensificar a resposta e garantir que as medidas corretas estejam em vigor para desacelerar a crise no país", disse Aylward.

Representantes da OMS também já se reuniram com o novo ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, quem disse esperar poder aumentar a produção nacional das vacinas.

Produção nacional de vacinas
Aylward, que é o representante da OMS para vacinas, disse que a entidade vem discutindo com o governo brasileiro sobre a ampliação da produção nacional de vacinas. Segundo ele, a agência se compromete em ajudar a garantir o fornecimento contínuo de matéria-prima.

"Nós reconhecemos o compromisso do governo brasileiro de não só estarem aumentando a produção para o Brasil, mas também de olharem para frente, para além da crise, e ver como podem ajudar o resto do mundo também com vacinas", disse Aylward.

Atualmente o Brasil tem a capacidade de produzir – a partir do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado – vacinas da AstraZeneca (de Oxford) e da Sinovac (CoronaVac), respectivamente pelos laboratórios da Fiocruz (RJ) e do Instituto Butantan (SP).

O balanço mais recente da vacinação contra Covid-19 do consórcio de veículos de imprensa aponta que 27.945.152 pessoas já receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19, segundo dados divulgados até as 20h. O número representa da 13,20% população brasileira.

O Brasil registrou, até o momento, 383.757 mortes por Covid-19 e 14.172.139 de casos da doença.

Reuters
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