Novembro 25, 2024

Trump diz que Israel e Marrocos concordaram em normalizar as relações

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (10) a normalização das relações entre Israel e Marrocos. É mais um movimento do governo americano para reestabelecer a diplomacia entre países árabes e as autoridades israelenses.

Antes, Israel já havia normalizado as relações com Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão, sempre com mediação da Casa Branca. Por causa da questão palestina, a maioria dos países do mundo islâmico sequer reconhece a soberania israelense. O governo americano tenta, agora, fazer com que a Arábia Saudita siga o mesmo movimento.

"É outro marco histórico hoje! Nossos dois grandes amigos, Israel e o Reino e Marrocos, concordaram em manter relações diplomáticas completas: um grande passo para a paz no Oriente Médio", disse Trump.

O governo marroquino confirmou que retomará as relações diplomáticas com Israel "o mais rápido possível" e citou um telefonema de Trump ao rei Mohammed VI, monarca de Marrocos.

O grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, chamou a normalização das relações entre Marrocos e Israel de "pecado político" que encoraja as autoridades israelenses a "negar os direitos do povo palestino".

Tanto Marrocos como os demais países que anunciaram a normalização das relações de Israel, na prática, já vinham adotando uma postura mais aberta com governo israelense, sem se envolver nos conflitos nos Territórios Palestinos.

Ao longo da campanha eleitoral, Trump mencionou esses acordos como exemplos de conquistas no campo das relações exteriores. No entanto, o republicano não conseguiu se reeleger.

Saara Ocidental
Trump também anunciou que, com o acordo, os Estados Unidos reconhecerão a soberania de Marrocos sobre o território do Saara Ocidental, que clama independência. O presidente mencionou que os marroquinos foram os primeiros a reconhecerem os EUA como independentes, no século XVIII.

"O presidente reafirmou seu apoio à proposta marroquina séria, crível e realista de autonomia como a única base para uma solução justa e duradoura sobre a disputa no território do Saara Ocidental.", disse a Casa Branca, em nota.

A representação da Frente Polisario, que luta pela independência do Saara Ocidental, lamentou a decisão dos EUA e disse que a medida tomada por Trump é "estranha, mas não surpreendente".

"Isso não muda um centímetro da realidade do conflito e do direito do povo do Saara Ocidental à autodeterminação", disse o representante Oubi Bchraya.

G1
Portal Santo André em Foco

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