Pelo menos duas pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas depois de um atropelamento em uma área exclusiva para pedestres na cidade de Trier, a 200 km de Frankfurt, nesta terça-feira (1º).

As autoridades da Alemanha confirmaram a prisão de um suspeito –um homem de 51 anos, morador da região–, e pediram que se evitasse o centro da cidade.

"Prendemos uma pessoa e um carro foi apreendido", disse o departamento de polícia de Trier em uma rede social. "Duas pessoas morreram, em uma primeira investigação. Por favor, evitem o centro da cidade."

Malu Dreyer, governadora de Renânia-Palatinado –estado onde fica a cidade de Trier–, disse que um bebê está entre as vítimas do atropelamento.

O prefeito da cidade, Wolfram Leibe, disse em entrevista à rádio SWR que, entre os 15 feridos, há casos graves. Ele não deu nenhuma indicação sobre os motivos do atropelamento.

"Estamos avaliando a situação", disse Leibe. "Temos ambulâncias de toda a região nos apoiando. Nossa primeira tarefa é deixar todo mundo em segurança."

Ele disse também que uma das duas mortes oficiais é a de uma garota menor de idade. Sua identidade não foi divulgada.

Testemunhas disseram ao jornal local "Trierischer Volksfreund" que um Range Rover cinza escuro invadiu a área em alta velocidade e que algumas pessoas foram arremessadas com o impacto. O centro da cidade está isolado e há a presença de helicópteros.

Segundo a reportagem, o número de mortos seria maior: quatro pessoas. No entanto, a polícia local não confirma esta cifra.

O atropelamento aconteceu entre a praça central e uma rua de comércio, segundo o jornal. O carro teria entrado pela Porta Nigra, monumento histórico da cidade que fica próxima à fronteira alemã com Luxemburgo, e seguiu pelas ruas com tráfego controlado de carros.

Medo de ataques
O atropelamento acendeu um alerta nas autoridades que, desde 2016, aumentaram o controle do fluxo de veículos em áreas exclusivas para pedestres. Isso porque, naquele ano, um caminhão invadiu uma feira de Natal em Berlim, deixando 12 mortos e 48 feridos.

No ano passado, um alemão, fortemente armado, tentou invadir uma sinagoga na cidade de Halle, no leste. Lá dentro, 52 fiéis celebravam um feriado religioso judaico. Sem conseguir entrar no templo, ele atirou contra dois pedestres.

Em fevereiro deste ano, um ataque racista deixou oito pessoas mortas na cidade de Hanau. Os assassinos abriram fogo contra pessoas que estavam em bares de shisha — onde as pessoas se reúnem para fumar narguilé.

G1
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