Outubro 07, 2024

Botafogo-PB se despede de 2024 com objetivos frustrados e jejuns mantidos

O 2024 do Botafogo-PB chegou ao fim e nem é 31 de dezembro. No último sábado (6), o Belo entrou em campo pela última vez na temporada. E o resultado foi positivo, uma vitória por 3 a 0 sobre o Remo na última rodada do quadrangular do acesso da Série C do Campeonato Brasileiro. Mas o triunfo não reflete o que foi a trajetória do time paraibano no ano. Os objetivos foram frustrados e os jejuns mantidos.

No Campeonato Paraibano, o Alvinegro da Estrela Vermelha foi vice-campeão para o Sousa, configurando o 5º ano sem levantar o troféu. Já quando o assunto é a Terceirona, o clube não conquistou o acesso e fará a sua 12ª participão consecutiva em 2025.

E foi mais uma temporada em que o "quase" reinou. Sem contar que o clube viveu uma verdadeira montanha russa. Com três técnicos em um só ano, é possível dividir em três fases diferentes. E mesmo com diferentes comandos, nenhum foi suficiente para chegar no topo da montanha.

Pensando nisso, o ge faz uma retrospectiva do que foi o ano do Botafogo-PB em 2024.

Cristian de Souza e o começo promissor
Contratado na reta final de 2023, o técnico chegou com a missão de, primeiramente, classificar o clube para a Copa do Nordeste. O que aconteceu. Na ocasião, o Botafogo-PB bateu a Jacuipense e o Potiguar de Mossoró na etapa qualificatória do regional e se garantiu na edição de 2024.

E, logo depois, veio o Campeonato Paraibano. Uma grande estreia, vencendo o São Paulo Crystal por 5 a 1, poderia até começar uma campanha longeva de Cristian de Souza. Porém a trajetória dele acabaria inesperadamente e antes mesmo de completar 15 jogos.

Mesmo com seis vitórias, quatro empates, uma derrota, a classificação para a Copa do Nordeste e a liderança parcial do Campeonato Paraibano, o técnico foi demitido. O argumento pode até ser o desempenho em campo, mas o Belo se sobressaía diante dos adversários.

Cristian deixava o Botafogo-PB com a primeira colocação do estadual (14 pontos e invicto) e na zona de classificação do regional (3º colocado com sete pontos). Teoricamente parte das metas estariam se encaminhando para serem cumpridas.

Moacir Júnior e o que está bom pode piorar
Com a demissão inesperada de Cristian de Souza, o Botafogo-PB buscou agir rápido e contratou Moacir Júnior. Só que já diz o ditado: "a pressa é inimiga da perfeição". Na estreia, um desafio complicado, o Fortaleza pela Copa do Nordeste. Mas uma boa atuação, que culminou no empate em 1 a 1 contra um time de Série A, não demonstrava o que seria o restante de sua trajetória.

Já com "o bonde andando", o Belo seguia vivo no estadual e no regional. A liderança no Paraibano virou uma 3ª colocação que quase complica o Alvinegro no restante da competição. Já na Copa do Nordeste, a classificação para o mata-mata veio.

Nas fases decisivas de ambas as competições, o Botafogo-PB bateu o Serra Branca na semifinal do estadual e se classificou para a final contra o Sousa.

Virando a chave para a Copa do Nordeste, o Belo enfrentava o CRB pelas quartas de final. Com a vaga para a próxima fase sendo decidida nos pênaltis, o torcedor botafoguense teria um déjà-vu do que estava por vir na final do Paraibano. O Botafogo-PB era eliminado nas penalidades máximas para o Galo da Praia, que foi o vice-campeão da edição.

Contudo, diante de uma final estadual e podendo encerrar o jejum de títulos no Paraibano, a Copa do Nordeste estava em segundo plano. O problema é que, ainda sim, o desempenho da equipe era bem abaixo do esperado.

E aí vieram os dois jogos da decisão contra o Sousa. O primeiro bem morno. O placar reflete isso: 0 a 0. Tudo igual para a segunda partida. A igualdade até se fez presente novamente, o que levava para a decisão por pênaltis. Lembra quando eu falei sobre déjà-vu? Então, penalidades máximas... O Botafogo-PB foi vice-campeão paraibano. Aumentando o jejum de conquistas estaduais por mais um ano.

Evaristo Piza e o retorno das alegrias até a frustração do quase
Evaristo Piza de volta ao comando técnico do Botafogo-PB. Após 2019, o treinador retornava para buscar o tão sonhado acesso. Acesso esse que ele quase consegue em 2018. E após Campeonato Paraibano e Copa do Nordeste, era a hora de seguir em frente e focar as energias na competição mais importante do ano. Mas já diria Cazuza e Arnaldo Brandão: "eu vejo o futuro repetir o passado...".

Mesmo com pouco menos de uma semana de trabalho, o Botafogo-PB de Evaristo Piza dava os seus primeiros sinais. Estreia com vitória fora de casa sobre o Floresta. E com uma atuação convincente.

O resultado na primeira partida da Série C configurava o primeiro triunfo de seis que aconteceriam em sete partidas disputadas. O Belo começava a Terceirona com pé direito, perna, braço... E vinha aquela frase na mente do torcedor botafoguense: esse ano vai.

Toda euforia se confirmava quando, no Almeidão, o Botafogo-PB vencia o Athletic, sensação da competição até então. Nesse momento, o entusiasmo alvinegro tomava conta das arquibancadas.

Os resultados seguiram acontecendo na primeira fase da Série C. Aconteceram tantos que o Botafogo-PB estabeleceu uma marca histórica no novo formato da competição. Foram 41 pontos conquistados em 12 vitórias e cinco empates.

E mesmo com o quadrangular do acesso batendo na porta, o Belo, diante de tudo que vinha fazendo na competição, era um dos favoritos para a vaga na Série B de 2025. Só que veio o primeiro baque: Remo 2 x 1 Botafogo-PB.

Mas não era o fim do mundo. O Alvinegro, inclusive, tinha uma campanha para se espelhar, a do Amazonas em 2023, que perdeu os dois primeiros jogos mas conseguiu o acesso e foi campeão da Terceirona.

O problema é que os resultados não estavam acontecendo. Contra o Volta Redonda, no Almeidão, um 0 a 0 para jogar um balde de água fria. Mais um. Logo depois a derrota para o São Bernardo com um gol que pode se colocar na conta do azar. Um ponto conquistado em nove disputados.

O ímpeto da campanha histórica não estava se repetindo. Isso porque, novamente, outro 0 a 0 no Almeidão, dessa vez contra o São Bernardo. Jogo que ficou pelos detalhes. Pelo quase. Mas o quadrangular do acesso é decidido nesses detalhes, e a derrota para o Volta Redonda foi decisiva para liquidar os sonhos botafoguenses.

Novamente o Botafogo-PB ficou no quase. Agora, para 2025, o Alvinegro da Estrela Vermelha tentará encerrar todos esses jejuns que cercam a equipe. Assim como voltar a disputar a Série B do Campeonato Brasileiro.

Números do Botafogo-PB em 2024
+ Veja mais estatísticas do Belo no ano

  • 49 jogos
  • 23 vitórias
  • 18 empates
  • 8 derrotas
  • 64 gols marcados
  • 41 gols sofridos

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Portal Santo André em Foco

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