No primeiro jogo como titular do Santos, o meia-atacante Luan também fez seu primeiro gol pelo clube – e ajudou o Peixe a vencer o Athletico por 2 a 0 na noite desta terça-feira, na Vila Belmiro, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro (o outro gol foi contra, quase no fim da partida, após cruzamento de Lucas Barbosa e desvio de Bento e Nicolás Hernandez). O resultado fez justiça ao time da casa, superior especialmente no primeiro tempo, e deu fôlego ao treinador Orlando Ribeiro, ainda interino. O Furacão, contando os dias para a final da Libertadores, chegou a três rodadas sem vencer no Brasileirão.

Na tabela
Com a vitória, o Santos foi a 37 pontos, na nona colocação – a sete pontos do G-6 e oito do G-4. O Athletico, com 44, é o sexto.

Próximos jogos
As duas equipes voltam a campo no sábado. Às 15h, o Santos visita o Inter no Beira-Rio. Às 19h, o Athletico recebe o Juventude na Arena da Baixada.

A volta de Luan
Foi o primeiro jogo de Luan como titular do Santos, depois de três partidas entrando no decorrer do confronto. E ele também pôde marcar pela primeira vez com a camisa do Peixe. Aos 35 minutos do primeiro tempo, aproveitou cruzamento de Felipe Jonatan, desviou de cabeça e encobriu o goleiro Bento. O jogador, em busca de retomada na carreira, não marcava desde 20 de maio do ano passado, ainda pelo Corinthians. Encerrou um ano e quatro meses de jejum.

Pênalti?
O Santos teve um pênalti marcado a seu favor no primeiro tempo. Mas por pouco tempo. Depois de ver infração do goleiro Bento no atacante Ângelo, o árbitro Bráulio da Silva Machado foi convidado pelo VAR a rever o lance no monitor. E aí mudou de ideia. Na visão de Salvio Spínola, da Central do Apito, a anulação do pênalti foi correta, já que Ângelo escorrega na jogada – e por isso tem contato com Bento.

Camisa nova
O jogo marcou a estreia da terceira camisa do Santos, com homenagem à África – uma lembrança a um histórico jogo ocorrido na Nigéria, em 1969, em meio a uma guerra civil na região. Nas camisas dos jogadores, estavam nomes de países africanos, e bandeiras de nações africanas foram tremuladas no gramado antes do começo da partida. Além disso, foi lido um manifesto sobre a importância do continente negro.

Primeiro tempo
Santos e Athletico fizeram um primeiro tempo animado, vivo, embora sem tantas chances de gol. O time da casa foi melhor, teve mais volume desde o começo. Como consequência, criou as melhores oportunidades, como em cabeceio de Eduardo Bauermann e em chegada de Ângelo cara a cara com Bento – no qual o árbitro chegou a marcar pênalti, mas depois mudou de decisão ao rever o lance no monitor. A supremacia do Peixe resultou em gol aos 35 minutos. Felipe Jonatan cruzou da esquerds, e Luan, de cabeça, desviou bonito e encobriu o goleiro adversário: 1 a 0. A desvantagem obrigou o Athletico a sair mais – e a construir duas chances, em finalizações de Pablo. Mas o Santos também teve oportunidade de ampliar. Sánchez quase marcou ao receber de Marcos Leonardo. Bento chegou antes para evitar o gol.

Segundo tempo
Luiz Felipe Scolari voltou para o segundo tempo com duas trocas: Cuello e Alex Santana nos lugares de Vitinho e Hugo Moura. As trocas deixaram o time mais presente no ataque. O Santos, por alguns minutos, recuou. Terans, aos cinco minutos, chutou com perigo. O Peixe respondeu com chutes de Sánchez e com boa oportunidade de Zanocelo – que poderia ter servido o uruguaio, melhor posicionado. Nathan também teve sua chance: fintou o marcador e mandou para fora. A queda de rendimento levou Felipão a fazer mais três trocas, com as entradas de Marlos, Rômulo e Vitor Roque nas vagas de Terans, Pablo e Vitor Bueno. Quase deu certo. Aos 31, Vitor Roque obrigou João Paulo a fazer grande defesa. O jogo ficou aberto, e o Santos perdeu chances claras de matar a partida – primeiro com Lucas Braga, depois com Ângelo, em finalizações na cara do gol. O Athletico ainda tentou ensaiar uma pressão final, mas quem chegou ao gol foi o Santos. Lucas Barbosa cruzou da esquerda, e Nico desviou para trás. A bola ainda bateu nas costas de Bento antes de entrar.

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