O São Paulo não deu chances ao Santos, venceu por 3 a 0 na noite deste domingo e encerrou um jejum que já durava cinco anos – tempo que o Tricolor passou sem vencer o rival na Vila Belmiro, palco do clássico. Eder, Eduardo Bauermann (contra) e Rodrigo Nestor fizeram os gols da partida, na melhor atuação da equipe de Rogério Ceni neste Paulistão – o técnico, aliás, completou a trinca vencendo os três maiores rivais em três jogos desde seu retorno (Corinthians, Palmeiras e Santos). No Peixe, a preocupação aumenta após uma atuação ruim na primeira partida após a demissão de Fábio Carille.

Como fica?
A vitória leva o São Paulo aos 11 pontos, na vice-liderança do Grupo B e mais perto do São Bernardo, que tem 14 e um jogo a mais. Já o Santos se mantém na vice-liderança do Grupo D, com nove pontos, atrás do Bragantino.

Fim do jejum
Eram cinco anos, cinco jogos – duas vitórias do Santos e três empates. Desde 2017, também sob comando de Rogério Ceni, o São Paulo vinha encontrando dificuldades para se impor na Vila Belmiro. Neste domingo, foi o inverso: o Tricolor correu poucos riscos, construiu o placar com tranquilidade, principalmente no segundo tempo, e conseguiu vencer em seu primeiro clássico no ano – para dar confiança.

Crise aumenta
No primeiro jogo após a demissão de Fábio Carille, o Santos teve o interino Marcelo Fernandes no banco de reservas e poucas novidades em campo. Dominado pelo rival, o Peixe perdeu a segunda seguida no Paulistão e deixou a Vila sob vaias e muitos protestos. Preocupação à vista na busca por um novo técnico.

Primeiro tempo
Pressionados, Santos e São Paulo entraram nervosos e provocando faíscas – com entradas mais duras e até um princípio de estranhamento entre Pablo Maia e Ângelo. Aos poucos, os rivais passaram a se preocupar mais com a bola: o Santos apostando tudo no mesmo Ângelo, aberto pela direita e levando vantagem sobre Reinaldo e Alisson, e o São Paulo tentando ficar com a bola e construir o jogo desde o campo de defesa, mas levando pouco perigo e apelando aos cruzamentos que já viraram rotina. Num deles, porém, Nikão viu a defesa do Peixe aberta e colocou a bola na cabeça de Eder, que ganhou de Madson e abriu o placar: 1 a 0 Tricolor, aos 21 minutos. Depois disso, o Santos foi mais agudo, tentando envolver Ricardo Goulart no jogo, tabelando com inteligência e entrando na área. Sem pontaria, o gol não saiu – a melhor chance foi em cabeçada de Marcos Leonardo desviada por Rafinha. O Peixe ficou na bronca com a árbitra Edina Alves, reclamando de dois supostos pênaltis: um em cima de Marcos Leonardo, logo no início, e outro após carrinho de Reinaldo em Ângelo dentro da área.

Segundo tempo
O interino Marcelo Fernandes até tentou aumentar o poder ofensivo do Santos quando colocou Gabriel Pirani na vaga de Camacho. Por outro lado, deixou um buraco na proteção do meio-campo que poderia ser facilmente quebrado em um contragolpe do São Paulo. Aconteceu aos 20 minutos, quando Alisson puxou pela esquerda e encontrou Gabriel Sara na área – Eduardo Bauermann desviou contra o próprio gol. Pouco depois, novamente com muito espaço à frente da área, o São Paulo fez o terceiro com Rodrigo Nestor, em chute de longe, praticamente matando o jogo. O Peixe lançou garotos como Rwan Seco e Lucas Barbosa, sem sucesso, desanimando a torcida presente na Vila Belmiro.

Próximos jogos
Santos e São Paulo estreiam na Copa do Brasil nesta semana. O Peixe enfrenta o Salgueiro, em Pernambuco, às 19h (de Brasília) de quarta-feira. O Tricolor vai a Campina Grande enfrentar o Campinense, quinta-feira, às 21h30.

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