Setembro 30, 2024

Paralimpíadas: Lúcia Araújo conquista primeira medalha do Brasil no judô

Cinco anos depois, o roteiro se repete. A primeira medalha do Brasil no judô nas Paralimpíadas de Tóquio vai para uma judoca paulista, a mesma que abriu caminho para o país nos Jogos Paralímpicos do Rio. Desta vez, Lúcia Araújo garantiu a medalha de bronze ao derrubar a russa Natalia Ovchinnikova, pela categoria até 57 kg, por ippon.

A vitória da brasileira veio depois de muito equilíbrio e pouco espaço deixado sobre o tatame, com ambas se defendendo e trabalhando as pegadas. Depois de um shido, bastou 30 segundos para Lúcia emendar dois waza-ari e assegurar a medalha por ippon, imobilizando a adversária na sequência.

Com o triunfo, Lúcia repete o feito conquistado na última edição das Paralimpíadas. Naquela ocasião, a brasileira ficou com a prata depois de ser superada pela ucraniana Inna Cherniak. O bronze conquistado em Tóquio é a terceira medalha paralímpica da carreira da judoca de 40 anos, que assim como na Rio 2016, ficou em segundo lugar em Londres 2012.

Caminho até o pódio
A brasileira chegou às semifinais da categoria depois de vencer argentina Laura Gonzalez com ippon. No entanto, deixou a vaga na final escapar para Parvina Samandarova, do Uzbequistão, número 2 do mundo, que venceu com um wazari e imobilização aos 13 segundos de luta. Apesar do resultado, a brasileira não desistiu e voltou para o Nippon Budokan para lutar pelo bronze. Desta vez, ela sairia dali apenas com a medalha no peito. A primeira do Brasil no judô das Paralimpíadas de Tóquio.

Harlley Arruda perde na estreia
Outro judoca a representar o Brasil no tatame neste sábado foi Harlley Arruda. Ao contrário de Lúcia, ele não teve desfecho semelhante e ficou de fora da disputa por medalhas na categoria até 81 kg. O brasileiro levou a pior logo na primeira luta, ao ser superado pelo britânico Daniel Powell, por ippon.

Judô paralímpico
Nas Paralimpíadas, o judô é dividido em três categorias seguindo os graus de acuidade visual de cada competidor. A B1 são para cegos totais, a B2 para percepção de vultos, e a B3 com definição de imagens. É o caso da judoca Lúcia Araújo. Como as três categorias disputam entre si em suas respectivas faixas de peso, a modalidade paralímpica inicia já na posição da pegada, chamada Kumikata. Assim, aqueles que têm menor grau de visão não saem prejudicados.

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Portal Santo André em Foco

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