Outubro 04, 2024

Monumental: Atlético-MG atinge 100 jogos de Libertadores ao visitar o River Plate na Argentina

A classificação às quartas de final da Copa Libertadores, diante do Boca Juniors, permitiu ao Atlético-MG atingir uma marca história na competição, ainda na edição 2021. Com o outro gigante argentino pela frente - River Plate - o Galo fará o 100º jogo na competição nesta quarta-feira, em Buenos Aires, às 21h30 (de Brasília), no estádio Monumental de Núñez.

São 99 jogos, 45 vitórias, 29 empates e 25 derrotas, além de 152 gols marcados e 103 gols sofridos.

Por coincidência, as únicas vezes que o Atlético enfrentou os grandes rivais argentinos, na Libertadores, foi também em sequência, na semifinal de 1978. O Galo acabou eliminado, assim como o River, e o Boca venceu seu segundo título. É o bicampeonato que o clube mineiro persegue em 2021.

Em 2013, a taça veio e logo quando o Atlético matou um hiato de 12 anos sem disputar o torneio, vivendo fracas campanhas nacionais e o rebaixamento para a Série B. Uma mudança de cenário, com sete participações em nove possíveis, sendo cinco seguidas.

Veja, abaixo, uma lista de curiosidades dos 100 jogos do Galo na busca da "Glória Eterna".

Jejum
A primeira participação do Atlético foi em 1972, após ser campeão brasileiro. Antigamente, os grupos eram divididos com dois países em cada. Foi Brasil e Paraguai: São Paulo, Galo, Cerro e Olimpia em 1972. O Atlético foi eliminado e não venceu nenhum jogo.

Briga e W.O.
Logo em 1972, o Atlético foi enfrentar o Olimpia no Defensores del Chaco. O jogo foi de muita pressão, pedras arremessadas e chuva de objetos. O time fez 2 a 2, mas acabou com seis jogadores expulsos, após confusão em campo. Pela regra, atletas insuficientes para continuar o jogo, e o Galo foi decretado derrotado.

Primeira vitória
A primeira vitória do Galo, inclusive, na Libertadores, foi apenas em 1978, na segunda participação. Foi 5x4 contra o Palestino, no Chile. Ou seja, os oito primeiros jogos do Alvinegro foram de sete empates e uma derrota.

Sem Reinaldo
A Libertadores 1978 começou logo após o Galo perder o Brasileiro para o São Paulo, na final. Em março, porém, Reinaldo foi para a seleção brasileira, quando as preparações para a Copa do Mundo levavam meses. Ele não fez nenhum jogo daquela edição do torneio. Em 1981, seria o camisa 9 do grande time do Atlético, que acabaria eliminado para o Flamengo na fase de grupos. Reinaldo fez dois (e seus únicos) gols naquela campanha.

Pesadelo de 1981
Um dos maiores times da história do Atlético caiu na Libertadores de 1981, num jogo desempate contra o Flamengo, no Serra Dourada. O árbitro José Roberto Wright expulsou cinco jogadores do Galo, ainda no primeiro tempo, e houve novo W.O. O Flamengo avançou e foi campeão.

No mesmo grupo estavam Cerro Porteño e Olimpia. Uma curiosidade é que o Atlético encerrou seus seis jogos na classificatória quando o Flamengo só havia feito quatro partidas. O Galo tinha oito pontos, quando a vitória valia dois. E o Flamengo estava com cinco pontos e iria enfrentar a dupla paraguaia em Assunção. Se o Fla perdesse qualquer um dos jogos, seria eliminado. Na época, se falou em "mala branca" da direção do Atlético para Cerro e Olimpia.

Viagens
O país no qual o Atlético mais vezes visitou foi o Paraguai, com 18 jogos. Com o jogo diante do River Plate, a Argentina firmará na segunda colocação, com 16 idas do Galo. O São Paulo é o adversário mais comum (10 jogos), seguido pelo Cerro Porteño (oito).

Torcida
O maior público pagante do Atlético na Libertadores é de 1981, empate contra o Flamengo por 2 a 2 no Mineirão: 61 mil pagantes. Na final de 2013, foram 56 mil torcedores. A renda, sim, foi recorde em jogos entre clubes na América do Sul: R$ 14,176 milhões, dos quais o Galo levou cerca de R$ 7 milhões pros cofres.

Provocação
No dia da final de 2013, pela manhã, a Conmebol marcou um evento para a imprensa em um hotel de Belo Horizonte. No encontro, o presidente do Galo, Alexandre Kalil, e o presidente do Olimpia, Oscar Caríssimo Netto, se reuniram com o então mandatário da Conmebol, Eugenio Figueredo (afastado do futebol pela Fifa).

Na hora das fotos, Caríssimo Netto posou ao lado de Kalil e esticou a mão, erguendo quatro dedos em referência ao que seria o tetra do Olimpia na Libertadores. A confiança após os 2 a 0 no Paraguai era gigante, com pôster já vendido com o time que seria vice-campeão nos pênaltis.

Noite na delegacia
Na última partida pela Libertadores, o Atlético-MG eliminou o Boca Juniors nos pênaltis e houve briga generalizada. A Polícia Militar interviu e encaminhou membros da delegação do Boca à delegacia. Só após fiança emprestada pelo Galo, eles foram liberadores. Em 2013, eventos similares. O Galo goleou o Arsenal de Sarandí por 5x2, no Independência.

Jogadores do Arsenal partiram para cima da PM, uma confusão geral no vestiário. Alguns atletas foram presos e conduzidos para a delegacia dentro do estádio. O cônsul da Argentina foi chamado, e a situação só se resolveu às 6h do outro dia. O Galo também emprestou o dinheiro da fiança.

Figura carimbada
O ex-goleiro Victor, hoje gerente, fez 50 jogos de Libertadores pelo Galo. Ou seja, esteve em campo em 50% de todas as partidas do Atlético na história do torneio. Recordista. Atuou entre 2013 e 2019 na competição. Léo Silva, gerente de transição do clube, é o segundo do ranking, com 41 jogos. Victor está suspenso para o 100º jogo do Galo, após ser expulso na partida passada, contra o Boca Juniors.

Gerações
Em 2019, dois recordes. Ricardo Oliveira se tornou o artilheiro mais velho do Atlético na Libertadores, ao fazer gol aos 38 anos e 11 meses contra o Cerro Porteño. Na última rodada da fase de grupos, Alerrando fez duas vezes diante do Zamora, aos 19 anos e três meses, tornando-se o atleta mais novo a marcar pelo Galo na competição.

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Portal Santo André em Foco

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