Há alguns meses, o atacante Hulk foi sensitivo. Disse que sonhava em ajudar o Atlético-MG a eliminar o Boca Juniors na Bombonera lotada, na semifinal da Libertadores. Alguns ingredientes não serão possíveis de acontecer.
Porém, o jogador irá, pela primeira vez na carreira, atuar no emblemático Estádio Alberto J. Armando, a casa do time argentino. Mas não falta exemplos de atletas que conhecem bem o local do jogo do Galo nesta terça-feira, às 19h15 (de Brasília), no confronto de ida das oitavas de final, da Libertadores (clique aqui e saiba mais).
Mas não falta experiência no elenco do Galo que viajou a Buenos Aires, no que diz respeito a entrar na "cancha" mítica do futebol mundial. Por lá, o Boca empilhou taças e eliminações de times estrangeiros. O Atlético quer fugir da tradição. Além do técnico Cuca, que despachou o time "azul y oro" na Libertadores 2020, pelo Santos, são seis jogadores na delegação alvinegra que já pisaram no gramado do estádio.
O apelido "Bombonera" do estádio, segundo diz a lenda, vem do fato de o arquiteto do projeto de construção, Viktor Sulčič, ter recebido uma caixa de bombons de presente e notado que o formato do objeto se assemelhava à casa do Boca, que seria inaugurada em 1940
Entre eles, o paraguaio Junior Alonso, ex-jogador do próprio Boca, e os ex-rivais Matias Zaracho (tempos de Racing) e Nacho Fernández (campeão da Libertadores 2018 em cima do Boca, pelo River). Pela seleção brasileira, Hulk passou pela Bombonera como visitante, em preparação para enfrentar a Argentina em 2015, pelas Eliminatórias, mas o jogo foi no estádio do River - Monumental. Vestindo a amarelinha, em 2012, Réver foi campeão do Superclássico das Américas na Bombonera.
Sabemos da importância da partida, com um rival forte, Boca é sempre candidato na Libertadores, historicamente (Junior Alonso)
Jogadores do Atlético que atuaram na casa do Boca
Junior Alonso
Antes de ser vendido ao Atlético-MG, o zagueiro estava no Boca Juniors, sob empréstimo do Lille. É quem melhor conhece a Bombonera, em suas entranhas. Fez 47 partidas entre 2018 e 2020, conquistando dois títulos - Supercopa Argentina 2018-2019 e Superliga Argentina 2019-2020.
- O Boca foi uma experiência muito boa, jogar na Bombonera, tudo o que rodeia o clube cativa e o torna único - disse o jogador da seleção paraguaia, quando comunicou que não seguiria no Boca, no ano passado.
Réver
Com vasta experiência na Libertadores, atuou na Bombonera apenas uma vez, mas pela seleção brasileira. No antigo "Superclássico das Américas", venceu a edição de 2012 contra a Argentina, após decisão nos pênaltis que foi consequência de derrota de 2 a 1 no tempo normal.
Tchê Tchê
Foi reserva sem ser utilizado pelo técnico Roger Machado naquela vitória do Palmeiras de 2 a 0 em cima do Boca Juniors, na fase de grupos da Libertadores 2018, na Bombonera.
Hyoran
Enfrentou o Boca Juniors na Bombonera duas vezes na carreira, ambas durante a Libertadores 2018. Na fase de grupos, foi reserva e entrou no segundo tempo (no lugar de Keno) na vitória por 2 a 0. Na semifinal, o Boca eliminou o Palmeiras com vitória de 2 a 0 em casa, com Hyoran sendo reserva sem entrar em campo.
Matías Zaracho
Retrospecto bem favorável do meia argentino. Pelo Racing, enfrentou o Boca Juniors duas vezes na Bombonera, pelas Superligas de 2017 e 2019. Na primeira vez, venceu por 2 a 1, sendo reserva e entrando nos 10 minutos finais. Já há dois anos, marcou o gol da vitória por 1 a 0 do time de Avellaneda.
Nacho
Não é à toa que alguns torcedores do Boca o temem. O jogador não tem presença garantida no jogo desta terça-feira. Mas conhece a Bombonera com o quintal de casa. São quatro jogos por lá, com duas vitórias, um empate e uma derrota, sendo três duelos pelo arquirrival River Plate, e o primeiro, lá em 2014, ainda no Gimnasia Y Esgrima.
Faixas bônus
Cuca: eliminou o Boca em 2020, na semifinal da Libertadores. Empate de 0 a 0 na ida, na Bombonera, e vitória de 3 a 0 na volta, pelo Santos. Foi para a final, mas ficou com o vice diante do Palmeiras.
Rodrigo Caetano: a última derrota do Boca, em casa, pela Libertadores, foi contra o Internacional (0x1), mas com classificação via pênaltis nas oitavas de 2020. O diretor de futebol estava no Colorado.
Sérgio Coelho: o presidente do Atlético, presente na delegação, era um dos integrantes da cúpula alvinegra na Copa Mercosul de 2000, última visita do Galo na Bombonera. O Atlético venceu no Mineirão por 2 a 0 e empatou por 2 a 2, no fim da partida, na Argentina, garantindo vaga nas semifinais (eliminado pelo Palmeiras).
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