Brasil e Argentina se enfrentam neste sábado, às 21h (de Brasília), no Maracanã para decidir a Copa América de 2021. Será a quarta vez que os dois rivais se encontram numa final neste século. Em todas elas, os brasileiros foram campeões.
A primeira foi em 2004, na Copa América disputada no Peru. O Brasil levou uma equipe B para o país vizinho e teve uma favorita Argentina na final, em Lima. O jogo ficou marcado pela atuação de Adriano, que marcou um gol nos acréscimos do segundo tempo, quando os adversários já comemoravam o título, empatou e partida em 2 a 2 e levou a definição para os pênaltis.
No ano seguinte, as duas seleções disputaram outro troféu, o da Copa das Confederações na Alemanha. Com o primeiro projeto do “Quadrado Mágico” de Carlos Alberto Parreira, o Brasil atropelou a Argentina em Frankfurt com uma goleada por 4 a 1.
A terceira final também foi numa Copa América, em 2007, na Venezuela. Foi a primeira vez que Messi disputou uma taça pela Argentina, mas o destino foi o mesmo das outra vezes. Vitória brasileira por 3 a 0 e a manutenção do jejum argentino, que já dura 28 anos – desde que venceram a Copa América de 1993.
Relembre curiosidades das finais entre Brasil e Argentina neste século:
Copa América de 2004
- Herói daquela conquista ao marcar o gol de empate da final nos últimos lances e por converter o seu na decisão por pênaltis, Adriano fez mais: foi o artilheiro do torneio, com sete gols, e ainda foi eleito o melhor jogador daquela Copa América.
- Foi a primeira vez que Brasil e Argentina se enfrentaram numa final de Copa América – o formato do torneio mudou e nas vezes anteriores em que os dois rivais se encontraram em jogos decisivos, a competição era disputada em pontos corridos. Foi, também, a primeira vez que um time venceu a Copa América logo após ser campeão do mundo – o Brasil tinha conquistado o Penta dois anos antes.
- O Brasil, de Parreira, foi ao Peru com o time cheio de desfalques, como Ronaldo, Cafu e Ronaldinho, poupados do torneio durante as férias dos campeonatos europeus. A Argentina, de Marcelo Bielsa, viajou com o que tinha de melhor. Conhecido pela diplomacia, Parreira ironizou os rivais após o título. Disse que “não tinha preço” a cena em que os argentinos recebiam a medalha de prata e a retiravam do pescoço após a partida.
Copa das Confederações 2005
- Parreira usou na Copa das Confederações o que seria chamado de Quadrado Mágico na seleção, mas com um desfalque importante. Na final contra a Argentina, o Brasil jogou com Kaká, Ronaldinho, Adriano e Robinho – Ronaldo, que ocuparia essa quarta vaga na Copa de 2006, foi mais uma vez poupado nas Confederações para descansar nas férias.
- Logo após o jogo, Robinho deixou clara sua vontade de se transferir para o Real Madrid. Então com 21 anos, e três anos após explodir no Santos, o jogador afirmou ainda na Alemanha que “chegou o momento de sair”. Foi o início de uma novela, e Robinho ficou um mês sem entrar em campo após a vitória sobre a Argentina até que o Santos, no final de julho de 2005, aceitou os 30 milhões de dólares oferecidos pelos espanhóis.
- Aquela final foi disputada no estádio de Frankfurt, reformado para a disputa da Copa do Mundo, que seria no ano seguinte. Ele, porém, teve um problema: o temporal que caiu antes e durante o jogo abriu rombos na cobertura da arena e criou uma cachoeira no local.
Copa América de 2007
- Foi a primeira final de Messi com a camisa argentina. O então jovem jogador tinha estreado pela seleção do país dois anos antes, logo após a derrota da Argentina para o Brasil na Copa das Confederações. Naquela decisão de 2007, em Maracaibo, na Venezuela, teve atuação apagada.
- O Brasil, para variar, estava desfalcado de alguns de seus principais jogadores. Kaká, que seria eleito o melhor do mundo em 2007, e Ronaldinho, que tinha levado o prêmio em 2004 e 2005, pediram dispensa da Seleção para descansar.
- Daniel Alves estava na Seleção que foi campeã em 2007. Ele entrou na final no lugar de Elano, que se machucou no jogo, e jogou no meio de campo. Dos que foram a campo naquela final, Daniel Alves é o único que continua nos planos da Seleção. Ele estaria na Copa América, mas foi cortado por lesão. Ele, porém, jogará as Olimpíadas, em Tóquio, e ainda sonha em estar na Copa do Mundo de 2022.
- Enquanto atropelava a Argentina na Venezuela, o Brasil também comemorava a primeira medalha de ouro conquistada no Pan de 2007, disputado no Rio. Diogo Silva bateu o peruano Peter Lopez na final da categoria até 68kg do taekwondo. Ao final daquele dia, o Brasil tinha uma medalha de ouro, seis de prata e cinco de bronze na competição.
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