Outubro 06, 2024

De mecânico a zagueiro: em jogo do Atlético-MG contra o Cerro, Junior Alonso reencontra origens

Junior Alonso tem uma formação futebolística curiosa. Quando criança, não tinha ídolos. Começou no futsal. Afastou-se da bola ainda muito jovem, aos 12 anos. Foi trabalhar com o pai, como mecânico. Redescobriu o futebol aos 16 anos. Hoje, aos 28, tem uma carreira consolidada. E no duelo do Atlético-MG desta terça-feira, pela Libertadores, às 19h15 (de Brasília), no Mineirão, vai reencontrar uma parte importante de suas origens: o Cerro Porteño.

Foi no clube paraguaio que o zagueiro iniciou a trajetória. Aprovado em testes para as categorias de base, Alonso realizou o sonho de torcedor.

- Fiz duas semanas de provas e fui selecionado. Me surpreendi. O Cerro Porteño era o clube do meu coração, assim foi um sonho poder jogar ali - disse, em entrevista à AFP, divulgada em 2017 no site da Conmebol.

Foi a correção de rota no destino de Junior Alonso. O futebol começou cedo na vida do paraguaio. Passou pelo futsal, trocou a quadra pelos gramados, defendendo o Cristóbal Colón, de Ñemby. E fez a mudança mais drástica. Dos campos para a oficina de motos do pai Osmar Alonso.

- Eu não era um grande fã do futebol quando era jovem, não tinha ídolos. Joguei futsal até que cumpri 10 anos e logo descobri o futebol (de campo). Porém, eu parei aos 12 anos, quando comecei a trabalhar como mecânico na oficina de reparação de motos do meu pai - disse à AFP.

- Depois das aulas, eu já estava com ele na oficina. E em todos os dias nas férias. Ajudando, passando as ferramentas. Estando todos os dias até às três, quatro horas da tarde. Depois, tinha tempo livre para jogar futebol com meus vizinhos e amigos - completou Alonso em entrevista à TV Galo, no começo do ano.

Ao trocar as ferramentas novamente pela bola, ouviu um conselho do pai assim que entrou nas categorias de base do Cerro.

- Meu pai também me disse que poderia ser meu trabalho para a vida toda. Eu sabia que não era só jogar e tem sido assim até agora. Este é um trabalho para mim - contou ao jornal Faro de Vigo, da Espanha, em 2018, quando atuou pelo Celta.

Do pai recebeu o apoio e herdou a seriedade.

- Estava muito perto do meu pai desde cedo. Meu pai é muito sério, muito direito. Me criei com ele dessa forma. Ou eu fazia as coisas certas, ou eu fazia as coisas erradas. Então, hoje sou um pouco assim. Me formou para poder ser o que sou hoje em dia. Ser uma pessoa séria, trabalhadora, profissional. Creio que me ajudou bastante para poder chegar onde estou - disse à TV Galo.

Nesta terça-feira, Junior Alonso será adversário do Cerro. O time é comandado por Chiqui Arce, justamente o treinador que abriu as portas da equipe profissional do Ciclón para Alonso em 2013. O defensor sabe das dificuldades que o Atlético vai enfrentar.

- Vai ser uma partida muito dinâmica. Eles têm jogadores muito jovens. Eu sei isso bastante, porque é um clube onde iniciei. Fui campeão com eles. O treinador que está lá, foi ele que me levou para disputar a primeira divisão, me levou à seleção (paraguaia). Conheço muito bem. Sei que vai ser uma partida muito competitiva porque eles vão buscar o resultado e a gente também. Creio que não vai ser uma partida fechada como foi contra a equipe venezuelana (La Guaira). Vai ser uma partida muito aberta, intensa. Vai ser muito bom para a gente brigar pelo primeiro lugar e competir com eles.

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Portal Santo André em Foco

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