Outubro 01, 2024

Semi começa com polêmicas, duelo particular e uma pergunta: é possível vencer os Estados Unidos?

Agora, todos os olhares da Copa do Mundo estão voltados para Lyon. Palco das semifinais e da final do torneio, a cidade receberá, nesta terça-feira, o duelo entre Estados Unidos e Inglaterra. Um confronto que gera enorme expectativa por sua importância, seus personagens e também por suas polêmicas.

O jogo entre Estados Unidos e Inglaterra será às 16h (de Brasília). Na quarta-feira, é a vez de Holanda e Suécia. Ambos os duelos terão transmissões do GloboEsporte.com e do Sportv.

''Hotelgate''
Arrogância. Uma palavra que esteve presente ao longo dos últimos dias nas perguntas e respostas das coletivas de imprensa. A opinião pública britânica reforçou por algumas vezes declarações e atitudes americanas que, sob determinado ponto de vista, mostravam confiança acima do tom antes da semifinal.

Criou-se primeiro uma linha tênue entre ''arrogância ou planejamento''. Funcionários da equipe americana estiveram no último domingo no hotel onde a delegação inglesa está hospedada. A ideia era se antecipar em caso de uma classificação para a final e utilizar a instalação até o fim de semana.

A visita, entretanto, causou ruídos e uma baita saia justa.

- Não faríamos isso. Não é da etiqueta - disse o técnico da Inglaterra, Phil Neville.

Treinadora dos Estados Unidos, Jill Ellis minimizou o incidente e disse que sua equipe administrativa estava apenas fazendo um planejamento básico e que nada disso passou pelo corpo técnico ou pelas jogadoras.

- Arrogância não tem nada a ver conosco - disse Ellis.

Entretanto, antes do jogo a polêmica já estava instalada. E houve, inclusive, veículos britânicos levantando a hipótese de espionagem durante a visita no hotel. O ''hotelgate'', como parte da imprensa da Inglaterra classificou, já faz parte da semifinal da Copa.

A técnica voltou a ser questionada sobre algum tipo de soberba por parte de sua equipe. E negou novamente. Desta vez, a polêmica girava em torno de um comentário da zagueira Ali Krieger, que alegou que os Estados Unidos tem ''os dois melhores times do mundo'' em seu plantel.

- Sobre o comentário dela, acho que é sobre nos mesmos. Porque ela esteve no Mundial em 2015. Jogou em duas equipes diferentes - ponderou.

Duelo Rapinoe x Bronze
Quem acompanha o mundo esportivo já ouviu várias vezes o nome da americana nas últimas semanas. Megan Rapinoe foi manchete pelos cinco gols até a semifinal da Copa e por sua postura incisiva fora dos gramados. Foi ela quem encarou o presidente Donald Trump e vem protestando contra a atual administração da Casa Branca desde o primeiro dia do Mundial.

Independentemente disso, é uma das maiores ameaças para o time inglês nesta terça-feira. Foram dela os dois gols sobre a França nas quartas de final. Não por acaso ela recebeu inúmeros elogios do treinador Phil Neville.

O comandante inglês, entretanto, fez questão de chamar atenção para outra grande personagem do duelo.

-Eu realmente acredito que Lucy Bronze é a melhor jogadora do mundo. É única em quase tudo que faz - disse Neville.

Aos 27 anos, Lucy Bronze é uma lateral-direita clássica, ofensiva e defensivamente. Esteve entre as melhores do mundo em 2018. Como Megan Rapinoe gosta de cair no ataque justamente pelo setor, será um grande duelo para quem admira e tem se impressionado com o futebol de ambas durante o Mundial. Resta saber se a inglesa conseguira impedir os avanços da americana.

- Se você olhar para o lado esquerdo dos Estados Unidos e para o lado direito da Inglaterra, não acho que terá melhor no futebol feminino - reforçou Neville.

''Sou uma cidadã americana''
Minutos após o triunfo sobre a França nas quartas de final, Jill Ellis foi questionada na entrevista coletiva sobre o fato de ter de enfrentar o seu país natal na semifinal. A resposta causou risadas e chamou atenção.

- Sou uma cidadã americana, brother!

A técnica vive há quase três décadas nos Estados Unidos, mas nasceu em Portsmouth, no Reino Unido. Saiu de seu país para justamente buscar uma estrutura para atuar no futebol feminino. Ao longo dos últimos dias, Jill lembrou os motivos que a tiraram de seu país e até lembrou sua inspiração em comum com o oponente Phil Neville. Por outro lado, citou que teve que mudar de continente por te oportunidade zero no futebol na Europa.

Apesar de reconhecer as boas memórias que tem de seu país, ela evitou qualquer comentário que envolva laços afetivos. Gerou bastante surpresa na opinião pública da Inglaterra.

Afinal, alguém pode parar os Estados Unidos?
Para muitos, o favoritismo americano só aumenta ao longo da Copa do Mundo. Atuais campeãs, elas têm atuações seguras sempre encontram uma carta na manga para decidir os jogos. Foi assim contra a França, em um Parc des Prince lotado.

Enquanto as americanas sempre evitam o discurso de favoritismo de forma oficial, a Inglaterra fez questão de se valorizar antes do duelo. Atletas lembraram do empate entre as duas equipes em um torneio amistoso no começo do ano (2 a 2) e reforçaram que não estão na semifinal por acaso.

- Você não pode chegar em uma semifinal e não ter confiança. Nós acreditamos e temos - afirmou o técnico inglês.

Apesar do discurso, é inegável que uma vitória da Inglaterra ainda seria considerada uma surpresa no cenário atual. Resta saber se a Copa da França guarda espaço para novidades ou para a manutenção de uma hegemonia.

Globo Esporte
Portal Santo André em Foco

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