Se almejam objetivos opostos no Campeonato Brasileiro, Botafogo e Flamengo se enfrentam às 17h deste sábado no Nilton Santos com uma situação em comum: após trocas recentes em seus comandos, os rivais buscam firmar Eduardo Barroca e Rogério Ceni para a sequência da temporada.
A dança das cadeiras foi um problema em comum enfrentado pelos rivais em 2020. No Botafogo, a situação é pior, já que o time chegou a seu quinto comandante com o anúncio de Eduardo Barroca na última semana. Já o Flamengo tenta encontrar estabilidade após a saída de Jorge Jesus e tem Rogério Ceni como o terceiro treinador no ano.
Cinco técnicos em menos de um ano
O Botafogo começou a temporada com Alberto Valentim, demitido ainda antes do fim da Taça Guanabara. O treinador não chegou a enfrentar o Flamengo pelo Estadual.
Os dois clássicos contra o rival rubro-negro foram sob comando de Paulo Autuori, profissional que esteve por oito meses à frente do clube. Período que é, inclusive, considerado o segundo maior de um técnico nos três anos da gestão do presidente Nelson Mufarrej.
Com os resultados ruins no Brasileirão e o desgaste entre clube e técnico, Paulo Autuori deixou o Botafogo no primeiro dia de outubro. Foi aí que o Botafogo se complicou com as mudanças no comando técnico. Pouco mais de dois meses após a saída de Autuori, a equipe já foi treinada por quatro profissionais diferentes.
Efetivado, Bruno Lazaroni permaneceu no cargo por 27 dias até ser demitido. Em busca de um substituto, o Botafogo optou por deixar o treinador de goleiros Flávio Tênius como interino até a definição por contratar Ramón Díaz, que não chegou a treinar o time.
Enquanto se recuperava de uma cirurgia, o argentino deixou a missão com seu filho e auxiliar Emiliano Díaz. Depois de três derrotas em três jogos, o Botafogo não quis mais esperar pelo treinador e decidiu por uma nova mudança.
A bola da vez é Eduardo Barroca, que, na primeira semana de treinos, foi testado positivo para Covid-19 e não estará à beira do gramado contra o Flamengo. O auxiliar Felipe Lucena comanda o grupo.
Técnicos do Botafogo em 2020
Três clássicos, três técnicos
Antes um oásis de estabilidade no futebol brasileiro, o Flamengo vive um momento diferente desde a saída de Jorge Jesus. Nestes quase cinco meses sem o português, o clube coleciona duas eliminações (Copa do Brasil e Libertadores) e tenta se reestruturar dentro e fora de campo.
Com Jesus, o Flamengo enfrentou o Botafogo e venceu com facilidade no Campeonato Carioca: 3 a 0. Eram outros tempos, ainda antes da pandemia de coronavírus. Com o português, a equipe não perdeu nessa temporada e venceu 16 de 18 jogos, a maioria pelo Campeonato Carioca. Sem ele, foram 32 jogos e uma queda de aproveitamento, que chegou aos 58,3%.
Domènec Torrent pegou o Botafogo em seu início de trabalho, ainda muito contestado. O empate em 1 a 1 saiu nos últimos minutos, em pênalti cobrado por Gabigol. Agora, com o terceiro técnico na temporada, Rogério Ceni, o time rubro-negro jogará o terceiro e último clássico contra o rival alvinegro.
Personagem nos dois jogos, o camisa 9 dificilmente estará em campo no clássico. Ele ainda treina separado do elenco por conta de um desequilíbrio muscular. Rogério Ceni, o terceiro treinador rubro-negro no ano, terá de apostar em Bruno Henrique e Pedro no ataque.
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