Chile está na semifinal da Copa América na base da insistência. Na noite desta sexta-feira, na Arena Corinthians, depois de um 0 a 0 brigado e bem disputado contra a Colômbia, a seleção treinada por Reinaldo Rueda manteve a frieza, não errou uma cobrança sequer, venceu por 5 a 4 e se classificou – Tesillo errou para os colombianos. Alexis Sánchez foi o responsável por acertar a última penalidade. Vidal, Vargas, Pulgar e Aránguiz também marcaram para o Chile, ainda vivo na disputa pelo tricampeonato da Copa América – foi campeão em 2015 e 2016.

Como fica?
Os chilenos agora aguardam o vencedor de Uruguai x Peru, que duelam neste sábado, na Arena Fonte Nova. O jogo semifinal será na próxima quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), na Arena do Grêmio.

Pênalti? Chama o Chile
Em 2015 e 2016, a Roja também mostrou força mental nos pênaltis, vencendo a Argentina duas vezes nas duas finais. Agora, de novo, Vidal, Sánchez e companhia mostraram tranquilidade e sequer deram chance a Ospina nas cobranças.

Pênalti? Não chama a Colômbia
Em 2018, a seleção já havia sido eliminado da Copa do Mundo nos pênaltis, para a Inglaterra – Uribe e Bacca erraram na ocasião. Desta vez, James Rodríguez, Cardona, Cuadrado e Mina bateram bem, mas Tesillo errou a última cobrança, beliscando a trave e vendo a bola sair. A Colômbia deixa a Copa América sem ter sofrido um gol sequer no tempo normal das partidas.

Central do Apito
De acordo com o comentarista Paulo César de Oliveira, do Grupo Globo, o árbitro Nestor Pitana acertou ao anular os dois gols do Chile no tempo normal: um de Aránguiz, por causa de impedimento de Alexis Sánchez, e outro de Vidal, por toque de mão de Maripán.

Rivalidade em Itaquera
Yerry Mina, colombiano que fez sucesso no Palmeiras, não teve vida fácil na noite desta sexta-feira, na arena do rival Corinthians. Vaiado durante toda a partida, só ganhou aplausos quando acertou sua cobrança de pênalti e comemorou com a dancinha de sempre.

Primeiro tempo
Foi um jogo pegado, com poucos espaços e muita disposição, a cara de uma Libertadores – apenas nove finalizações, sendo cinco para os chilenos. A Colômbia começou melhor, com marcação alta na saída de bola chilena e algumas chances de gol logo cedo. Aos poucos, porém, o Chile passou a ter o domínio do meio-campo e a armação das principais jogadas – aí as chances começaram a surgir, mais até pelo alto, com Aránguiz e depois Maripán. Aránguiz também fez um gol aos 15 minutos, mas o VAR, sempre atento, ajudou o árbitro Nestor Pitana a anular a marcação, já que Alexis Sánchez estava impedido no início da jogada. No fim, Mina e Alexis ainda se estranharam numa discussão.

Segundo tempo
A Colômbia teve, de novo, bons minutos iniciais com a pressão sobre os zagueiros e volantes chilenos. Mas, assim como no primeiro tempo, o Chile conseguiu criar as chances mais perigosas e dar trabalho ao goleiro Ospina. Vidal chegou a marcar, mas o VAR ajudou Nestor Pitana a anular outro gol – a bola tocou na mão de Maripán antes de Vidal finalizar. A seleção chilena não desanimou e continuou criando mais. No melhor lance, Vargas tentou toque por cobertura, e Ospina fez grande defesa (ganhou até um abraço de Medina na sequência). No fim, os dois times pareciam já se conformar com a disputa de pênaltis.

Ah, o trânsito de SP...
O jogo começou com 20 minutos de atraso porque o Chile chegou em cima da hora na Arena Corinthians – cerca de 19h30, com o duelo marcado para começar às 20h. Após alguma deliberação, ficou acertado que a partida teria início às 20h20. A delegação chilena demorou demais a sair do hotel numa sexta-feira à tarde, na zona sul de São Paulo, tendo de se deslocar até o extremo leste da cidade. Um atraso previsível...

Globo Esporte
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