Outubro 03, 2024

STJD rejeita anulação do jogo, e Palmeiras volta a ter três pontos da vitória contra o Botafogo

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu de forma unânime nesta terça-feira pela manutenção da vitória do Palmeiras sobre o Botafogo, por 1 a 0, em partida da sexta rodada do Campeonato Brasileiro, em Brasília.

Todos os nove votos foram contrários à anulação: Decio Neuhaus (relator), Otávio Noronha (vice-presidente do STJD), Ronaldo Piacente (vice-presidente administrativo), João Bosco Luz (auditor), José Perdiz (auditor), Mauro Marcelo de Lima e Silva (auditor), Arlete Mesquita (auditora), Antônio Vanderler (auditor) e Paulo César Salomão Filho (presidente do STJD).

Os três pontos, portanto, voltam a ser computados para o Palmeiras na tabela de classificação: em vez de 22 pontos, o time paulista passa a contar com 25 pontos em nove rodadas.

Como o julgamento foi realizado pelo Pleno, última instância no Brasil, eventual recurso só poderá ser interposto no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), com sede na Suíça.
– Isso (possível recurso) vai ser conversado internamente, mas é evidente que o resultado não era o esperado pelo Botafogo, que tem plena convicção de que houve erro de direito e que seria o caso, sim, de uma anulação de partida. Respeitamos o resultado do Tribunal e discutiremos internamente – disse o advogado do Botafogo, Anibal Rouxinol.

– A respeito do resultado, o Palmeiras tem muita consciência do trabalho que faz. O departamento jurídico trabalha sempre muito forte. A gente esperava nada menos do que a improcedência e a manutenção do resultado de campo – avaliou André Sica, executivo jurídico do Palmeiras.

O julgamento

O caso foi levado a julgamento a pedido do Botafogo, que entendeu ter havido uma utilização errada do VAR para marcação do pênalti que garantiu ao Palmeiras a vitória por 1 a 0. A acusação do clube carioca é de que a arbitragem reviu o lance da falta no atacante Deyverson, dentro da área, depois de a partida já ter sido reiniciada.

No início do julgamento desta terça-feira, foram exibidos vídeos do lance, com diferentes ângulos e o áudio da comunicação entre a cabine do VAR e o árbitro Paulo Roberto Alves Junior.

– Segura, segura, Paulo. Não inicia. Aguarda, aguarda, aguarda – dizem os operadores de vídeo, assim que o goleiro do Botafogo, Gatito Fernández, cobra o tiro livre indireto.

– OK, OK, OK, mas fala antes – responde o árbitro, depois de efetivamente paralisar a partida em Brasília.

Árbitro nega ter reiniciado o jogo

Presente na sessão para depoimento, Paulo Roberto Alves Junior negou que tenha autorizado o reinício do jogo. De acordo com a regra, em situações de cartões – antes da revisão, Deyverson chegou a receber amarelo por simulação –, é preciso apitar.

– Como o Botafogo cobra rápido (o tiro livre indireto), porém era situação de cartão amarelo, e eu não tinha autorizado, eu já paraliso a cobrança, porque pela regra não tinha utilizado o apito – disse o árbitro, nesta terça-feira, antes de ser questionado se o movimento de esticar o braço não significa autorização para o reinício do jogo.

– Aquilo ali é só uma sinalização, porque toda simulação é tiro livre indireto. No caso de tiro livre indireto, tenho que levantar o braço para demonstrar que é cobrança que tem que ser efetuada em dois lances – respondeu, ao reconhecer que "faltou um pouquinho dessa informação de que já estava tendo checagem no início".

Por videoconferência, Adriano Milczvski, árbitro de vídeo naquele dia, também prestou seu depoimento. Segundo ele, a cabine analisava os replays em checagem silenciosa antes de tomar conhecimento do lance faltoso do zagueiro Gabriel, do Botafogo, em Deyverson.

Globo Esporte
Portal Santo André em Foco

Rate this item
(0 votes)

Leave a comment

Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.

© 2019 Portal Santo André em Foco - Todos os Direitos Reservados.

Please publish modules in offcanvas position.